Pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) receberam a promessa de receber emendas para o desenvolvimento de um projeto inédito de agricultura familiar, que visa garantir uma renda mínima de R$ 3 mil para produtores rurais. A promessa foi feita pela deputada federal Clarissa Garotinho (Pros/RJ), em uma videoconferência realizada nessa quarta-feira com os professores.
O novo projeto tem como base o Pescarte, outro programa desenvolvido pela Uenf, e o objetivo é capacitar pequenos agricultores, criando módulos de produção permanentes numa fazenda-modelo de Campos dos Goytacazes. As unidades iniciais serão de criação de galinhas de corte e poedeira; criação de peixes; formação de viveiros para a produção de mudas para restinga; e hortaliças, tanto em plantio direto, quanto em hidropônia. As famílias beneficiadas virão do Norte e Noroeste Fluminense.
“O objetivo não é só gerar renda. Mais do que isso, a ideia é alavancar cidadania para essas pessoas”, resumiu o diretor do Centro de Ciências e Tecnologia Agrária da Uenf, Manuel Vasquez. Além dele, estiveram presentes o diretor da Agência Uenf de Inovação (AgiUenf), Geraldo Timóteo; a chefe do setor de Avicultura da Uenf, Karoll Cordido; a chefe do Laboratório de Fitotecnia, Deborah Guerra; e o professor Luiz Crespo.
O projeto prevê três portas de saída. A primeira delas é o agricultor poder aplicar os aprendizados em seu ambiente de trabalho. A segunda inclui a possibilidade da compra de equipamentos que possibilitem o uso dessas tecnologias, por meio de linhas de crédito adquiridas em instituições como o Banco do Brasil. E a terceira é o ingresso numa cadeia de comercialização, para fornecer seus produtos a grandes compradores.
Clarissa pediu que os docentes apresentassem, numa próxima reunião, os custos detalhados e os projetos de cada módulo produtivo separadamente. “Mas já posso garantir que vamos reservar algum recursos do orçamento. O projeto é importantíssimo para os agricultores e para a economia do Norte e do Noroeste Fluminense. Como membro da Comissão de Agricultura da Câmara, quero apoiar cada vez mais ideias como essa”, disse Clarissa, que teve acesso a um custo estimado de R$ 980 mil para a implantação dos quatro unidades iniciais da Escola de Produtividade Rural e R$ 320 mil para o desenvolvimento do projeto.