Firjan inicia mapeamento do potencial de demanda do gás na região
29/06/2021 10:19 - Atualizado em 29/06/2021 11:05
Regiões com potencial de estarem entre as mais beneficiadas pelo novo mercado do gás, o Norte e Noroeste Fluminense começam nesta semana a participar do “Mapeamento de Demanda de Gás”, projeto que a Firjan está realizando em todo o estado do Rio. Para além das termelétricas, o gás natural poderá beneficiar — com energia mais competitiva e acessível para a indústria — desde cerâmicas até panificações, alimentos e bebidas e diversos outros setores. O primeiro dos dois encontros, ambos on-line, será com o Noroeste, nesta quinta-feira (1), às 16h, e na semana que vem, dia 6, às 17h, será a vez do Norte Fluminense. O resultado do mapeamento será publicado até o fim do ano.
A ideia é identificar o potencial da demanda por gás natural, e, assim, contribuir para estruturar o mercado e chegar ao preço mais acessível possível. Qualquer empresa — de todos os tipos e tamanhos — poderá participar, uma vez que o gás natural pode ser usado em substituição a qualquer insumo, seja carvão, GLP, diesel e a própria energia elétrica, por exemplo, que no estado do Rio é uma das mais caras do país.
De acordo com a Firjan, o Norte Fluminense, pelo mercado de Petróleo e Gás, e o Noroeste Fluminense, pela proximidade, poderão estar entre os maiores beneficiados. Tanto que antes mesmo de ser sancionado em abril deste ano, o Marco Legal do Gás já começou a atrair investimentos: três multinacionais, incluindo a Petrobras, anunciaram a instalação de uma plataforma no pré-sal da Bacia de Campos, que terá gasodutos interligados ao Terminal Cabiúnas, em Macaé — a chamada Rota 5, que poderá atrair um total de 12 termelétricas e diversificar a indústria regional. Além disso, o Porto do Açu busca licenciamento ambiental para a construção de um novo gasoduto para atender a usina termelétrica GNA II.
— Queremos explicitar que realmente existe uma demanda para o gás natural, que o consumidor tem voz e que está esperando por esse insumo. Até agora, tudo que se trabalhou para a aprovação do novo marco legal é voltado para viabilizar competição no lado da oferta de gás — explica Fernando Montera, coordenador de Relacionamento de Petróleo, Gás e Naval da federação.
A Firjan afirma que vai mapear os principais compradores, ofertantes e distribuidores; o volume de demanda, preços, segmentos de consumo, novos projetos e eventuais barreiras ao seu desenvolvimento; a infraestrutura existente e a necessária; e o consumo de combustíveis substitutos. Tudo considerando horizontes de 5, 10 e 15 anos. Com a análise, a Federação busca aproximar o mercado consumidor dos fornecedores de gás.
— É uma espécie de Road Show Digital, com essa divulgação do trabalho pelo estado. Estamos em processo de esclarecer eventuais dúvidas dos empresários e realizamos constantemente reuniões com os interessados — ressalta Montera.
Os empresários interessados em participar do projeto devem mandar e-mail para a gerência de Petróleo, Gás e Naval da federação: [email protected]. Também é possível entrar em contato diretamente com as regionais da Firjan: no Noroeste, os contatos são [email protected] ou 3811-9420; e no Norte são [email protected] ou 2748-7801.
No teste do mapeamento, a demanda atual pesquisada está em 0,68 milhão de m3/dia; o potencial é de aumentar para 1,18 milhão de m3/dia nos próximos 5 anos e para 10,5 milhões de m3/dia em 10 anos. O preço de viabilidade apontado pelos empresários foi de US$ 6 por milhão de BTU daqui a 5 anos e de US$ 5 por milhão de BTU em 10 anos.
Fonte: Firjan

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    Joseli Matias

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