Dora Paula Paes
14/05/2021 20:28 - Atualizado em 14/05/2021 23:22
O setor de triagem do Centro de Controle e Combate ao Coronavírus de Campos (CCC), prédio anexo à Beneficência Portuguesa, está oficialmente fechado até que seja reavaliado para reabertura. A informação é da Secretaria Municipal que já designou os 35 médicos do setor para atuação na linha de frente do combate à Covid-19 nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Esse novo modelo de triagem começa a partir de segunda-feira (17). Por outro lado, a pasta da Saúde pretende manter os leitos do CCC. A unidade tem 60 leitos clínicos, 29 leitos de UTI e cinco leitos de estabilização (sala vermelha).
A secretaria informou, ainda, que os pacientes que precisarem de atendimento para Covid-19 podem procurar uma das unidades da rede que são: UPH de Guarus, UPH São José, UPH Ururaí, UPH Travessão, UPH Farol de São Thomé ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
No CCC, o setor de triagem chega a atender em média 80 pacientes/dia. Até então, a unidade era a referência no município para atendimento aos pacientes vítimas da Covid-19. "Todos (os médicos) estão angustiados e preocupados com o novo fluxo e a estrutura que será disponibilizada para esse primeiro atendimento", diz uma fonte.
Na segunda-feira (10), por volta das 16h30, a unidade foi fechada por lotação, mas na terça (11), as portas continuaram fechadas em decorrência de um serviço de manutenção na rede de oxigênio. Antes disso, desde a sua criação, no ano passado, a unidade havia deixado de atender por superlotação no início de abril deste ano, mês mais letal no município.
Defensor do CCC desde a sua criação, no ano passado, o médico epidemiologista Nélio Artiles diz que a ideia da capilarização do atendimento é boa, pois facilita a mobilização das pessoas, além de ocupar uma grande carência do município que é a atenção primária. "Acredito que facilitará um acompanhamento mais próximo daquela unidade".
No entanto, ele abre parênteses: " Esperamos que haja mais testagens, revisões das consultas ou acompanhamento telefônico para um controle mais efetivo. Assim como avaliar se as estruturas estão capacitadas para atender alguém que esteja mais grave, ou mesmo um transporte que possa transferir estes casos, se necessário. Acho que é uma proposta com boa chance de resolução, mas precisa de uma avaliação contínua das diversas demandas".