Curada da Covid-19, mãe conhece filho 40 dias depois do nascimento
Folha1 29/04/2021 15:17 - Atualizado em 29/04/2021 16:45
A emoção de olhar o filho pela primeira vez é sempre inexplicável. Para Ana Karolyna Nogueira, de 20 anos, isso aconteceu 40 dias após o nascimento do filho Miguel. Recuperada da Covid-19, ela conheceu o seu filho na Unidade Neonatal do Hospital Plantadores de Cana (HPC), em Campos, na quarta-feira (28).
O olhar foi emocionado feito um abraço, já que a mãe ainda não pode o pequeno colo, porque ele está sendo alimentado com leite materno através de uma sonda. Somente depois que o bebê ganhar peso, a mãe poderá segurá-lo no colo. Miguel nasceu com 1. 245kg , mas já ganhou peso. Nesta quarta já pesava 1.775 kg. Ele vai permanecer no Hospital até ganhar mais peso e poder ir para a casa.
“Deus usou as mãos dos médicos para me curar. Tenho certeza que Deus usou eles para cuidar de mim. Deus fez em mim um milagre", disse Ana Karolyna afirmando que não espera a hora para segurar Miguel nos braços para se sentir mãe.
Ana Karolyna é moradora do município de São Francisco de Itabapoana. Ela chegou ao HPC com 29 semanas de gestação no dia 11 de março com sintomas da gripe, manifestados quatro dias antes. Segundo a equipe médica, já no dia seguinte o quadro de saúde agravou e Ana precisou ser levada para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e, foi então que os médicos decidiram pela realização do parto cesariana. Após a cirurgia, o estado de saúde de Ana se agravou.
Com insuficiência respiratória e precisou ser entubada. Ana foi acompanhada na UTI pelos médicos Hugo Francisco Valinho, Ednei Peixoto Rangel e Julliah Fernandes Pereira. A médica Julliah Fernandes Pereira estava de plantão no dia que a paciente, a quem se refere carinhosamente como "Carol", foi internada e falou sobre como é gratificante vê-la curada.
“Criei um laço de amizade com Carol. Para mim não existe fórmula melhor de cuidar. A gente cuidou de Carol como filha, como esposa, como mãe. Ela melhorou muito com nossos cuidados”, afirmou a médica plantonista.
O médico Hugo Francisco Valinho lembra que a paciente chegou grave. “Tivemos desfecho muito bom. A UTI é o local que tem mais recursos. É o setor que tira esses pacientes da gravidade. Ela é uma guerreira. A gente gosta de ver paciente graves voltando para casa”, disse.
- A gente fica muito feliz de participar desse momento. Ela foi um dos casos mais graves que a gente teve. Pelo estado dela, a gente achou que ela não estaria mais viva, mas graças a Deus e aos esforços de toda a equipe isso não aconteceu - completou o também médico Ednei Peixoto Rangel.
Fonte: Assessoria do HPC

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