Com os sucessivos recordes diários de mortes na pandemia, a Associação Médica Brasileira (AMB) apresentou protocolos éticos para orientar os médicos na decisão de qual paciente deve receber tratamento em caso de escassez de leito de UTI, valendo para insumos ou equipamentos nos hospitais. O protocolo passa a valer já a partir desta sexta. A informação é do jornal O Globo.

A AMB definiu sistema de pontuação, com indicadores de saúde do paciente, para que o médico possa se basear. O método serve tanto para pacientes de Covid-19, quanto para quem precisar dos mesmos recursos.

A pontuação é resultado da soma de três critérios.O primeiro chamado de "Sofa"(sigla em inglês para Avaliação de Falência de Órgão Sequencial) - o mais utilizado em Unidade de Tratamento Intensivo, que avalia as funções respiratória, hematológica, hepática, cardiovascular e neurológica do paciente. Também deverá ser avaliada a presença de comorbidades avançadas e, por fim, o "Ecog", uma escala utilizada para medir a qualidade de vida do enfermo.

Neste processo, a associação descartou a recomendação do critério de idade para tirar pacientes. Outro objetivo, é a necessidade de nortear e proteger os profissionais da linha de frente do cuidado ao retirar de suas mãos a responsabilidade de tomar decisões emocionalmentee moralmente exaustivas