Morre, aos 62 anos, o músico campista Edmar Ferreira
06/04/2021 15:35 - Atualizado em 06/04/2021 17:33
Edmar Ferreira lutava contra um câncer
Edmar Ferreira lutava contra um câncer / Reprodução/Facebook
Morreu na madrugada dessa terça-feira (6), aos 62 anos, o cantor, multi-instrumentista e compositor campista Edmar Ferreira. Morador de São João da Barra, ele lutava contra um câncer havia cerca de três anos. Durante a trajetória musical, Edmar fez parte de bandas conhecidas no Norte Fluminense, como Avyadores do Brazyl, TB-6 e Segredo de Estado. O músico deixa esposa, Edméa, e dois filhos, Edmar Júnior e Thiago.
Integrante da Banda Marcial Olímpio Chagas, da Escola Técnica Federal de Campos, onde tocava corneta, e trompetista da banda de fanfarra da mesma instituição, ambos na década de 1970, Edmar Ferreira estudou também piano no Conservatório Nely Albernaz, além de ter sido violonista autodidata. Naquela época, ele foi o único membro civil da banda Piratas do Rock, que reunia militares.
Ainda nos anos 70, Edmar fez parte do grupo que fundou a banda Lúcia Lúcifer, uma das pioneiras do rock em Campos e que seria o embrião dos Avyadores do Brazyl. Entre os músicos fundadores estava também o célebre Luizz Ribeiro, cujo falecimento completou 10 anos em 2020.
Edmar Ferreira tocou ainda em conjuntos como Carga Nuclear, Banda Saveiro, Banda de Vidro, The Bigs, TB-6, Barca do Som, Segredo de Estado, Edmar Ferreira e Banda, Dinossauro Voador e Suave Veneno. Na Segredo de Estado, além de tocar contrabaixo, também era vocalista. Em 2000, foi premiado como melhor talento e pelo melhor arranjo no Festival Sanjoanense da Canção (Fescan), com a música “Utopia”, que deu título ao primeiro dos seus álbuns em carreira solo. Também lançou outros como “Tudo tem que ter amor” e “Vontade de cantar”.
— A música regional perde um grande artista. Perdemos uma grande pessoa que lutou bravamente. Que possa descansar em paz e quem sabe possa fazer dupla novamente com o aviador Luizz Ribeiro — publicou em seu perfil no Facebook o presidente da Associação de Imprensa Campista (AIC), Wellington Cordeiro.
— Ele se apresentou em diversos eventos organizados por mim, fez show numa festa de aniversário meu na minha casa e recentemente me visitou para me estrear em mãos os dois únicos CD’s dele que eu ainda não tinha — relatou na mesma rede social o professor e pesquisador Marcelo Sampaio, que entrevistou Edmar em 8 de janeiro pelo projeto virtual “Prosa com Música”. — Se existe algum tipo de consolo, é a certeza que gente como Edmar Ferreira não morre, vira luz para continuar nos iluminando — pontuou Marcelo.

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