O professor Otílio Machado Pereira Bastos, de 65 anos, morreu nesta sexta-feira (5), em Niterói, vítima da Covid-19. Ele era sobrinho de José Otílio Leite Machado, primeiro professor de Parasitologia da Faculdade de Medicina de Campos, onde também atuou como professor. Atualmente, exercia o seu terceiro mandato como diretor do Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense (UFF). Otilinho, como era mais conhecido, chegou a receber uma dose da imunização contra a Covid, a vacina de Oxford (AstraZeneca), 22 dias antes de ser internado.

A Fundação Benedito Pereira Nunes, mantenedora da FMC, divulgou nota lamentando a morte.

“Nos anos 90, professor Otilinho, como era carinhosamente chamado, foi contratado como docente da FMC para o Componente Curricular de Parasitologia. (...) Em 2015, assumiu como professor responsável de Parasitologia. No ano seguinte, deixou a instituição para se dedicar à carreira docente pública pela Universidade Federal Fluminense, em Niterói. Seu último contato com a FMC foi em 2019, quando ministrou uma conferência, com o tema ‘Acidentes por animais peçonhentos’, para os estudantes de graduação em Medicina”.

A UFF também se manifestou, com pesar, sobre a morte do professor.

“O professor Otílio foi um grande incentivador da criação do curso de Biomedicina da UFF. Otílio contava, com orgulho e apreço, que desde criança, na década de 60, suas tardes se dividiam entre árvores e laboratórios. Não havia creches na época e Otílio passava grande parte do tempo na companhia de um tio que era professor da disciplina de parasitologia e de uma tia que trabalhava como secretária na antiga Faculdade Fluminense de Medicina, atual Instituto Biomédico. Essas experiências fizeram despertar nele a paixão e a certeza de que estudaria medicina”.