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A dona de casa Mara Cristina Tavares, de 55 anos, foi assassinada em setembro de 2020, com vários tiros. O suspeito é o empresário Nilton Francisco Rangel Pinto, ex-marido da vítima. Nesta quinta-feira (25), na frente do Fórum Maria Tereza Gusmão, dois filhos da vítima e do suspeito, ainda desolados, pedem justiça. A primeira audiência de Instrução e Julgamento é na Primeira Vara Criminal, com o juiz Wycliffe de Melo Couto.

- Esse homem (o pai) tirou a vida da minha mãe, desfez nossos sonhos. E por quê? Por achar que ela era propriedade dele, por ter que pagar R$17mil de pensão atrasada. São cinco meses desde o crime, medo e tristeza se misturam. Inclusive, aflição de pensar que a impunidade pode prevalecer - conta o jovem de 25 anos, Nilton Júnior.

Segundo o jovem, ele e a irmã, de 22 anos, estão sozinhos nesta luta por Justiça desde o crime. Na ocasião, os irmãos foram para as redes sociais e pediram ajuda para encontrar o empresário, então foragido. Ele diz que a família paterna, inclusive outros filhos do empresário, estão na outra ponta do processo, para no caso da condenação buscar redução da pena.

A dona de casa foi assassinada no quintal onde morava, no Parque Corrientes. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que um homem chega em uma caminhonete vermelha, desce do veículo e atira em Mara, que estava varrendo a calçada. Ela chega a correr, mas foi morta com vários tiros na cabeça e nas costas. Após os disparos, o autor do crime saiu da residência tranquilamente e fugiu do local de carro.

 

 

"Posso dizer que até os meus 14 anos ele era um super pai. Mas, depois que ele se envolveu com a empregada da nossa casa tudo mudou e minha mãe fugiu. A situação se complicou quando ela buscou receber os R$17 mil que ele devia de pensão. Ele pagou, mas sete dias depois matou a mamãe", disse.