Eleito para o primeiro mandato de vereador, mas nome participativo no grupo político garotista, Juninho Virgílio (Pros) projeta uma vitória fácil para Fábio Ribeiro (PSD) na disputa à presidência da Câmara: de 19 a 22 votos, dos 25 possíveis. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (23), em entrevista ao Folha no Ar, da Folha FM 98,3. Nas composições para a Mesa Diretora, Virgílio ainda afirmou que, hoje, o Pros e o grupo político do qual faz parte não abre mão da vice-presidência, cargo almejado pelo grupo do deputado Rodrigo Bacellar (SD) para uma composição, após um acordo ter sido costurado anteriormente para que ficassem com a primeira secretaria e a segunda vice-presidência. O que ainda não foi definido é se o nome do Pros será o dele ou o do vereador eleito Thiago Rangel.
Juninho Virgílio também comentou sobre o resultado das urnas em novembro. Para o vereador eleito, o apoio dos eleitos do grupo de Bacellar a Wladimir Gartinho (PSD) não deu o efeito esperado, tanto que Caio Vianna (PDT) teve um crescimento muito maior do primeiro para o segundo turno. Virgílio ainda salientou que “o pessoal de Niterói trabalhou muito”, em referência ao apoio que Caio teve do prefeito niteroiense Rodrigo Neves (PDT).
Chefe de Gabinete do ex-vereador Thiago Virgílio, que está inelegível por condenação na Chequinho, Juninho admitiu que veio candidato pela impossibilidade do primo. Sobre as sanções impostas a Thiago, o vereador eleito considerou injustas. Ele também comentou sobre a renovação da Câmara e acredita que o resultado foi fruto do desgaste dos atuais vereadores, inclusive, “por muitos deles terem apoiado o prefeito Rafael Diniz (Cidadania)”. Além disso, acredita que muitos se afastaram das suas bases durante o mandato, classificando isso como um erro que ele não irá cometer.
Questionado se seria uma nova versão do “pit bull rosa”, apelido de Thiago Virgílio, por ter sido um combatente defensor do governo Rosinha Garotinho (Pros) enquanto era vereador, Juninho afirmou que tem um temperamento diferente, mas ressaltou a sua lealdade ao grupo garotista: ele contou que chegou a ligar para o ex-governador Anthony Garotinho para agradecê-lo pelo apoio, assim que foi diplomado vereador. E por falar em temperamento, Juninho acredita que o perfil de Wladimir é conciliador, pensando em união para buscar melhor caminhos para Campos superar a crise econômica que atravessa.