O terminal de integração rodoviário localizado na avenida 28 de março foi desmontado na madrugada deste domingo (27). No lugar, ficaram apenas caixotes e sem nenhuma tapagem para proteger os usuários do transporte público do sol e da chuva. O sistema alimentador, implantado pelo prefeito Rafael Diniz em junho de 2019, gerou diversas reclamações dos campistas, principalmente pelo atraso nos horários dos coletivos. Em nota, a Prefeitura informou que também foi surpreendida com a retirada do terminal e alegou que a ação foi da empresa que fez a implantação das estruturas.
A nota do município diz que "em contato com a empresa, ela explicou que procedeu com a retirada das tendas diante do vandalismo e furto que ocorreram entre sexta e sábado, onde algumas tendas foram roubadas e banheiros químicos destruídos, conforme registro de ocorrência realizado pela empresa na 134 Delegacia de Polícia. Ainda de acordo com a empresa, "importante deixar claro que muito do que ocorreu é em função da própria promessa do próximo gestor de destruir a estrutura existente, onde foram utilizadas expressões como 'passar o trator por cima' e coisas do gênero, o que, acreditamos, teria estimulado o vandalismo". De toda forma, os atos de vandalismo ocorreram e foram registrados na delegacia", completou.
O prefeito eleito Wladimir Garotinho (PSD) fez duras críticas aos terminais rodoviários da cidade durante sua campanha, inclusive prometendo que seriam desmontados em seu primeiro dia mandato. Neste domingo, após saber da retirada do terminal, em sua página em uma rede social, Wladimir escreveu:
"Eu disse em campanha que caso não retirassem no dia 31/12, iria com o povo ao local e usaríamos um trator para passar por cima do terminal da humilhação. Hoje somos todos surpreendidos com essa notícia, onde mais uma vez quem sofre e a população que ficará uma semana em condições ainda piores. Aguentem firme meus irmãos campistas, falta muito pouco!".
Sobre a citação da empresa, a assessoria do prefeito respondeu que "as providências quanto ao terminal serão tomadas a partir do dia 1° janeiro com a posse. Até lá quem ainda responde é o governo atual".
