O técnico José Luiz Carbone, que dirigiu o Goytacaz na década de 1980, morreu no início da noite deste domingo, aos 74 anos. Ele não resistiu a um câncer hepático descoberto no início de dezembro. Carbone estava internado desde a última quarta-feira, 24, no Hospital Mário Gatti, em Campinas, onde residia.

O ex-técnico do alvianil da Rua do Gás e ex-volante da seleção brasileira começou a carreira como jogador no São Paulo, em 1964, mas brilhou mesmo no Internacional, onde foi pentacampeão gaúcho.

O sucesso na carreira o levou à seleção brasileira, quando foi pré-convocado para a Copa de 1974. No fim ele acabou cortado e não foi ao Mundial. Ainda como jogador, ele também teve rápidas passagens pelo Botafogo e Ponte Preta.

No Goytacaz, montou um time que deixou saudades na torcida, onde despontava um ataque formado por Chiquinho, Petróleo e César, chegando às cinco primeiras posições no Campeonato Estadual.

Na Taça Guanabara (primeiro turno), o Goytacaz só ficou atrás de Fluminense, Vasco, Botafogo e Bangu, à frente do Flamengo. No segundo turno, só fez campanha inferior a Flamengo, Bangu e América, ficando à frente de Fluminense e Vasco.

A formação tinha Jorge Luiz; Ditinho, Genival, Cléber e Valtair; Cláudio Neves, Gilmar e Cláudio José; Chiquinho, Petróleo e César. Logo depois, Carbone foi contratado para dirigir o próprio tricolor das Laranjeiras.

Como treinador, comandou mais de 30 clubes, sendo campeão carioca de 1983 pelo Fluminense. No Guarani comandou o time por quatro vezes, onde foi vice-campeão paulista em 1988 e conquistou o acesso à elite paulista em 2007.

Trabalhou também no exterior no comando de equipes dos Emirados Árabes, Qatar, Sudão, Irã, Bolívia e Peru.

Nos últimos anos, Carbone atuou como comentarista esportivo da Rádio Brasil de Campinas. O ex-treinador deixou esposa, cinco filhos e netos.