Desde o início da pandemia, durante o isolamento social, 112 escritores, entre contistas e poetas, produziram trabalhos de escrita inspirados nessa reclusão e na ‘“doença do século”. Juntos, os textos formaram a obra “Relatos da Quarentena”, da editora carioca Autografia, tendo como um dos autores o macaense Alexandre Bordalo, que escreveu a crônica — ou conto curto — “Coronavírus”.

— No livro, há 81 autores de contos curtos ou crônicas e 31 poetas. A crônica pode ser jornalística, esportiva, humorística, política, histórica, narrativa, entre outras. Quando é narrativa, ocorre que também se produz o que se chama de crônica literária ou conto curto. Nela, há personagens imaginários, contando história ficcional, que pode acontecer com qualquer pessoa. O principal autor deste tipo de crônica atualmente no Brasil é Luís Fernando Veríssimo — explicou Bordalo, que, além de escritor, também é jornalista.

Em março, houve o lançamento em Macaé do livro “Crônicas do Bordalo”. Nele, Alexandre se utiliza da crônica narrativa, chamando o leitor para ver o mundo sob o seu prisma.

— Leitura é sempre bom, colabora para nos sentirmos bem, promove terapia, prazer, desenvolvimento intelectual e realização. Inclusive, nesta pandemia, ela se torna apoio para afastar a angústia — finalizou o cronista.