Considerado uma tradição, o presépio de Natal faz, através de uma montagem de peças, uma referência ao momento do nascimento de Jesus Cristo, tendo o Menino Jesus na manjedoura, como figura central, e apresentando à sua volta lugar e personagens bíblicos presentes neste que é considerado um momento cristão fundamental da história.
Segundo fontes históricas, a origem do presépio de Natal nos remete à montagem do primeiro deles, feita por São Francisco de Assis, no Natal de 1223. Conta a história que o frade católico montou o presépio em argila numa floresta, sendo que a sua ideia era explicar às pessoas sobre o significado e como foi o nascimento de Jesus Cristo.
A tradição se espalhou pelo mundo, e os presépios podem ser vistos em formatos, materiais e tamanhos diferentes, com montagens que vão desde as miniaturas até o tamanho real dos seus personagens. Falando nisso, os personagens representados têm também seus significados. Confira um pouco dessa representatividade:
Menino Jesus, o Filho de Deus, o Salvador; Virgem Maria, a Mãe de Jesus Cristo; José, o Pai de Jesus Cristo na terra; manjedoura com palhas em um curral, representando onde nasceu Jesus; burro e boi ou ovelhas, animais do curral que representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu; anjos, anunciantes da chegada de Jesus; Estrela de Belém, orientou os reis magos quando Jesus nasceu; pastores, mostrando a simplicidade das pessoas do local em que Jesus nasceu; e os reis magos, Melquior, Baltazar e Gaspar.
Na língua portuguesa, designa o local da Natividade. O presépio, todavia, é também uma referência cristã que remete para o nascimento de Jesus em Belém, na companhia de São José e da Virgem Maria. Conta a Bíblia no livro de Lucas 2,1-7 que, por motivo de recenseamento de toda a Galileia, São José e a Virgem Maria foram para as imediações da Judeia, na cidade de Davi, chamada de Belém. De acordo com a mesma fonte, após o nascimento, Jesus foi envolto em panos e deitado em uma manjedoura destinada para a alimentação de animais, pois não havia lugar para eles na estalagem, e foi visitado, após o nascimento, por pastores da região, avisados por um anjo, de acordo com o livro de Lucas 2,10-16, e, uns dois anos mais tarde, não na manjedoura, mas na casa de Jesus, por três reis magos vindos do oriente, guiados por uma estrela, os quais ofereceram ouro, incenso e mirra à criança, de acordo com o livro de Mateus 2,1-12.
Segundo a Bíblia no livro de Mateus 2,13-18, estes acontecimentos ocorreram no tempo do rei Herodes, que teria mandado matar todas as crianças de até dois anos, por medo de perder o seu trono para o futuro rei dos judeus.
Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Variam em tamanho, alguns em miniatura, outros em tamanho real.
O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na igreja, como era seu hábito, o santo fê-lo na floresta da cidade de Greccio, na Itália, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus.
O costume espalhou-se por entre as principais catedrais, igrejas e por mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de reis e nobres já durante o Renascimento. Em 1567, a duquesa de Amalfi mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos reis magos e dos pastores ao Menino Jesus e o cantar dos anjos.
Foi já no século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo resto do mundo.
Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos costumes populares. Este é montado no início do Advento sem a figura do Menino Jesus, que só é colocada na noite de Natal, depois da missa do Galo.
Tradicionalmente, é perto do presépio que são colocados os presentes que são distribuídos depois de se colocar a imagem do Menino Jesus.
O presépio é desmontado a seguir ao Dia de Reis.
O chamado presépio tradicional português é — ao contrário do que encontramos nos outros países — formado por figuras tão diversas que não correspondem exatamente à época que deveriam representar. À exceção das figuras da Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos três reis magos, todas as restantes figuras que surgem no presépio tradicional português foram adicionadas com vista a dar uma representação “mais portuguesa” à história da Natividade. Assim, podemos encontrar figuras como: um moleiro e o seu moinho, uma lavadeira, alguns bailarinos de um rancho folclórico, uma mulher com um cântaro na cabeça, uma banda de música, entre muitos outros personagens divertidos e tipicamente portugueses. A origem destas peças de cerâmica é dos arredores da cidade de Barcelos, na região norte de Portugal, e, ainda hoje, são todas produzidas com origem artesanal.
Figuras dos Presépio
• Menino Jesus: É o Filho de Deus. Foi o escolhido para ser o Salvador do povo.
• Virgem Maria: É a mãe do Filho de Deus. Do seu ventre nasceu Jesus Cristo.
• São José: É o pai adotivo do Menino Jesus; foi um homem judeu, conhecido como carpinteiro de profissão.
• Gruta ou curral: É o local simbolizado pelo presépio. O curral era onde se guardava o gado. Por isso, no presépio, o Menino Jesus fica sobre palhas, numa manjedoura.
• Manjedoura: É um lugar de aconchego onde Jesus ficou quando nasceu. É como se fosse o berço de Jesus.
• Um burro, um boi, o galo e as ovelhas: Os animais representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu. “Jesus não nasceu em palácios, nem em lugares luxuosos, mas sim no meio dos animais”. O boi representa ainda a bondade, a força pacífica, o povo hebreu e o sacrifício. O burro simboliza a humildade e os pagãos. O galo anuncia a chegada de Jesus numa boa nova. Já as ovelhas, além de serem os animais dos pastores, querem demonstrar que Jesus veio ao mundo sacrificar-se por nós.
• Anjos: Os anjos anunciam aos pastores a chegada do filho de Deus. Eles sabem que nasceu o Salvador.
• Pastores: Os pastores são homens do campo, que simbolizam a simplicidade do povo, já que Deus acolhe a todos sem se importar com sua condição social. Representam ainda o povo hebreu.
• Estrela de Belém: A estrela de Belém é aquela que se coloca no alto da árvore de Natal. Foi ela que guiou os três reis magos quando Jesus Cristo nasceu.
• Três reis magos: Gaspar, Baltasar e Belchior representam os povos pagãos. Eram considerados sábios. Estes três nomes simbolizam as raças distintas, representando a universalidade da Salvação. Eles vieram do Oriente conduzidos pela estrela. Chegaram à cidade de Belém, local de nascimento do Menino Jesus, trazendo presentes: mirra, ouro e incenso. O ouro representava a realeza, a mirra era símbolo da paixão, e o incenso é oferecido a Deus: representa a divindade de Jesus.
Na Ribalta deseja um Natal de Luz e Paz para todos.