"O nosso grande alvo é motivar as pessoas que não foram votar", afirma Gilmara Gomes
25/11/2020 07:53 - Atualizado em 25/11/2020 15:24
A aposta da chapa composta por Caio Vianna (PDT) e Gilmara Gomes (PSL) para virar a eleição à Prefeitura de Campos no segundo turno é angariar votos de pessoas que não foram às urnas no primeiro. Foi o que disse a candidata a vice-prefeita em entrevista ao Folha no Ar - 1ª edição, da Folha FM 98,3, na manhã desta quarta-feira (25). Após planejar virada nas quatro zonas eleitorais do município, todas vencidas por Wladimir Garotinho (PSD) no primeiro turno, Gilmara considerou mais viável diminuir a diferença na 76ª e 129ª zonas, onde Wladimir teve mais de 50% dos votos, e ultrapassar a outra chapa nas outras duas.
— Nós vamos investir em toda Campos. Há zona eleitoral com índice maior, outra (com índice) menor, mas eu ainda acredito que é porque os votos foram muitos desperdiçados devido a haver muitos candidatos. A gente tem que levar em conta que muitas pessoas que votaram em outros candidatos também não gostam da família Garotinho. Então, a gente espera o apoio delas. As coisas já ficam um pouco mais claras. Nós vamos ultrapassar essa diferença. Vamos ultrapassar e vamos ganhar em todas (as zonas) — disse Gilmara, completando em seguida com objetivo mais viável. — Nessas aí (76ª e 129ª zonas), nós vamos diminuir bem. Vamos encostar. E nas outras, a gente vai deslanchar. E a vitória é nossa. Eu acredito nisso. Acredito mesmo. Os outros candidatos tiraram muito o foco e acabaram dispersando vários votos. Agora, vai todo mundo se concentrar, porque são pessoas que não acreditam no grupo político de Garotinho. Se acreditassem, já teriam votado logo — enfatizou.
Questionada sobre os posicionamentos do Psol e do PT locais de não apoiarem no segundo turno a candidatura de Caio Vianna, entre outros motivos, pela composição de chapa junto ao PSL, antigo partido do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), Gilmara foi crítica.
— Respeito as duas candidatas (Natália Soares, do Psol, e Odisséia, do PT), admiro o potencial das duas, porém não gostei. Achei injusto. Na minha visão, eu sou contra rótulos. Acho que as pessoas têm que ser justas, não podem ser levianas ao rotular ninguém por uma posição, por um partido, por uma opção sexual, religiosa ou qualquer coisa desse tipo. Acho que há de se haver respeito. Ao me associar, vamos dizer assim, a genocidas, eu acho que perderam a mão — disse Gilmara, direcionando-se principalmente ao Psol. — A gente tem que respeitar que nem todo mundo está em um saco de farinha e é todo mundo a mesma coisa. Tem que ver que as pessoas têm caráter, têm moral. E eu achei desrespeitosa comigo a forma como foi dito. Não foi avaliada a minha pessoa. Eu respeito a forma de pensar sobre as pessoas mais fervorosas politicamente, mas existe também um ser humano atrás daquilo ali. A gente não pode chegar e rotular as pessoas, nem por partido nem por nada. Em todos os partidos existem pessoas boas, e em todos os partidos existem pessoas ruins, corruptas — pontuou.
Questionada sobre o seu posicionamento referente ao enfrentamento à Covid-19, Gilmara disse ser favorável à ciência, desvinculando-se do perfil negacionista do presidente Bolsonaro.
— Não é porque ele (o Bolsonaro) fez parte desse partido que eu sou obrigado a concordar com todas as ideias dele. Sejamos razoáveis — disse ela. — Eu sou a favor da ciência. Nós temos que respeitar a ciência. A ciência não está aí de brincadeira. Tantos anos evoluindo para poder ter opiniões: "Ah, eu acho". A ciência não vive de achismo. O meu posicionamento quanto à Covid é que temos que respeitar. É uma doença, é uma pandemia — ressaltou, completando que as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus devem ser tomada seguindo as recomendações médicas.
Confira a entrevista completa:

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