Manifestantes se reúnem na Casa Branca para acompanhar apuração nos EUA
- Atualizado em 03/11/2020 22:51
Vários manifestantes se reúnem nas proximidades da Casa Branca nesta terça-feira (3) na expectativa do resultado da eleição presidencial. Numa grade que cerca a Casa Branca, há vários cartazes contra o presidente Donald Trump, que busca um novo mandato.
No fim de semana, várias lojas no centro de Washington começaram a proteger as suas vitrines com tábuas de madeira com medo dos protestos.
Apuração dos votos por correio pode atrasar proclamação do resultado. Se a corrida entre Biden e Trump terminar muito apertada, e se houver recontagens, é possível que demore semanas até que se conheça o próximo presidente dos EUA.
Pronunciamentos de Trump e de Biden:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, candidato republicano à reeleição, fez um pronunciamento, nesta terça-feira (3), e afirmou que “ainda” não preparou o discurso para a derrota ou a vitória na corrida eleitoral contra o democrata Joe Biden. Durante sua fala, Trump declarou aos apoiadores que acredita que será “uma ótima noite”. No final desta tarde, Biden também fez um pronunciamento.
“Eu ainda não estou pensando em um discurso de concessão ou aceitação. Com sorte, faremos apenas um dos dois. Ganhar é fácil. Perder nunca é fácil. Para mim não é”, disse Trump, que também afirmou ter ouvido “dizer que estamos indo muito bem na Flórida e no Arizona. Estamos indo muito bem no Texas”. O presidente americano disse ver "uma chance muito, muito sólida de vencer", apesar de estar atrás do democrata Joe Biden nas pesquisas.
As declarações foram dadas durante uma visita ao Comitê Nacional do Partido Republicano, em Arlington, na Virgínia, cidade que é dividida da capital Washington, no Distrito de Columbia, por um rio.
No final da tarde, Joe Biden, em visita à Filadélfia, maior cidade da Pensilvânia, fez um discurso e pediu votos de última hora aos eleitores. “Queremos verdade, nós queremos a ciência em vez de ficção, prometo a vocês, vou cumprir com minhas responsabilidades”, assegurou Biden.
A campanha do democrata foi marcada por críticas à gestão do adversário, Donald Trump, na resposta dada à pandemia do novo coronavírus, que já deixou mais de 220 mil mortos e mais de 9 milhões de infectados no país – os EUA são o país mais afetado pela doença no mundo.
Tentativa de intimidação dos eleitores:
Durante esta terça-feira (3), eleitores estaduninenses foram vítimas de ligações telefônicas automáticas com falsas informações sobre o processo eleitoral e pedido que os eleitores ficassem em casa porque o prazo para votação havia sido estendido até esta quarta (4). As chamadas estão sendo investigadas pelo Departamento Federal de Investigação (FBI).
De acordo com um oficial sênior da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA), área dentro do FBI, a ação é uma “intimidação ao eleitor, uma tática de repressão”. “Fique atento às pessoas que estão tentando te intimidar, minar sua confiança, mas mantenha a calma e vá votar”, disse o funcionário.
Apoio republicano a Biden:
A jornalista Sandra Cohen, do G1, informou, por meio do Twitter, que o “o governador de Vermont, Phil Scott, rompeu com o partido e pela primeira vez votou num democrata para presidente. ‘Eu pus o país acima do partido’, justificou ele, que se tornou o primeiro governador republicano a apoiar publicamente Joe Biden”.

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