O novo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindivarejo), Samuel Willemem Sterck, foi eleito, na noite desta quinta-feira, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL), para um mandato de dois anos. Samuel, que sucede o atual Roberto Viana, disse esperar manter a mesma relação produtiva com o Sindicato do Empregados do Comércio e falou de sua expectativa sobre o novo prefeito que será eleito neste domingo e assumirá a partir de 2021. Diversos empresários da cidade se reuniram na CDL para acompanhar o debate promovido pelo Grupo Folha, na noite desta quinta, entre os candidatos a prefeito de Campos Caio Vianna (PDT) e Wladimir Garotinho (PSD).
- Todos temos acompanhado os debates como este promovido pela Folha, os candidatos tem apresentado suas propostas, mas palavras podem ser ou não cumpridas. O que esperamos é que ele cumpra o seu programa e atenda os anseios da sociedade. Assim sendo, vá ajudar a todos porque nós, comerciantes, dependemos do conjunto da população. Ela sendo atendida, todos ganham. O importante é que o poder público seja parceiro e nos ajude a pelo menos manter os atuais empregos.
Dono de três lojas de utensílios domésticos, brinquedos e artigos de festa a decoração, além de uma fábrica de produtos de artesanato e pesca, Samuel considera que Campos tem potencialidades que precisam ser exploradas.
- Campos tem tudo para dar certo. Um município enorme, com grandes potencialidades. Vamos comparar com o Espírito Santo: porque ali ao lado as coisas funcionam melhor? Menos impostos, tributação menos pesada? Precisamos então discutir isso aqui - propõe.
- Nossa pauta das entidades do comércio já está inclusive inserida no programa de cada candidato. Neste caso, cabe a nós e a sociedade em geral fazermos nosso papel, ficarmos vigilantes para que os projetos sejam implementados - disse.
Já o presidente da CDL, José Francisco Rodrigues, o Dedé, disse que o próximo prefeito vá encarar um enorme desafio.
- Em 2021, prefeitos, gestores públicos em geral, empresários e a população terão enorme desafio pela frente. O desemprego continua alto, com o fim do auxílio emergencial, menos dinheiro em circulação na praça. Uma situação muito mais difícil - analisou.
José Francisco avaliou ainda os efeitos das quedas contínuas da arrecadação que o novo prefeito terá que enfrentar.
- Com os índices da economia despencando, menos receitas, inclusive a dos royalties. Mas temos que aprender a conviver com esses baixos repasses dos royalties. Porque aquele auge de antes não teremos mais.
O presidente da CDL, entretanto, ponderou que está é uma realidade da maioria dos municípios brasileiros.
- A grande maioria das cidades do Brasil não contam com royalties. Vamos ter que aprender. O próximo prefeito terá que montar uma equipe altamente técnica, a fim de fazer está equação entre receita e gastos. Sem a redução do custeio na máquina pública será muito difícil sairmos desta crise - finalizou.