Coisas estranhas acontecem sempre que alguém inicia uma partida em um novo jogo de videogame. Esta é a situação central de “The End”, curta-metragem recém-lançado pelo canal Porta Branca no YouTube. A direção é de Eduardo Hypolito, com roteiro de Felício Porto, que também integra o elenco junto a Bel Nunes e Piterzim, todos eles youtubers campistas.
Criado há 11 meses, o Porta Branca tem conteúdo voltado ao público jovem, com vídeos feitos por Eduardo Hypolito e Felício Porto sobre filmes, séries e games. Trabalhando juntos nas áreas de produção e edição audiovisual, Eduardo e Felício têm clientes que geralmente encomendam videoclipes. O canal surgiu, portanto, como uma iniciativa para ampliar o leque, de forma a gerar demanda própria em temas de preferência da dupla. “The End” é a primeira produção fictícia, inaugurando um projeto com perspectiva de se estender pelos próximos meses.
— Curtas-metragens ou simplesmente vídeos contando histórias são um tipo de conteúdo que a gente sempre quis fazer no Porta Branca, porque, além de falar de filmes, séries e games, que a gente curte e escolheu como temáticas do nosso canal, a gente gosta muito de fazer e contar histórias — disse o roteirista Felício Porto, que é formado em design gráfico pelo Instituto Federal Fluminense (IFF). — Trazer esse novo tipo de vídeo para o canal está sendo muito legal, primeiramente ao produzir, porque é uma forma de jogar a criatividade para fora e também fazer o que a gente gosta. E é muito bom proporcionar emoções para as pessoas, ter um feedback e ser um diferencial no YouTube com esse tipo de conteúdo — comentou.
Incluindo as gravações e ajustes técnicos, “The End” levou uma semana para ficar pronto. Há uma cena externa com Bel Nunes, youtuber convidada para compor o elenco. Outro convidado, o youtuber Piterzim faz a cena interna junto a Felício. A duração total é de aproximadamente cinco minutos.
— Foram três dias de gravações, totalmente em Campos, com recursos próprios, na casa de amigos e tudo mais. E, de pós-produção, a gente levou mais três dias editando, incluindo imagens, o trabalho de correção de cor, sonorização das cenas, escolhas de trilhas sonoras e a captação de áudio para efeitos sonoros. Todo efeito sonoro que a gente usou foi captado na pós-produção, como porta abrindo, passos, respiração... Isso tudo foi produzido depois, e deu um trabalho que a gente não imaginava, por nunca ter feito esse tipo de conteúdo. Mas, foi muito legal — afirmou o roteirista. — Há também a questão dos efeitos especiais de vídeo que a gente fez: as aparições, a TV tremendo... A iluminação também foi totalmente pensada para que fizesse parte da história, para que o ambiente em si ajudasse a entrar no clima — pontuou.
Em uma semana no ar, o curta-metragem teve cerca de 250 visualizações, grande parte delas por amigos dos realizadores. Com o retorno positivo e perspectiva de maior audiência após intensificar a divulgação, a dupla já planeja novas obras cinematográficas.
— Encontrei alguns colegas de trabalho, e a galera fez questão de me chamar, falar que estava acompanhado, que estava gostando e queria mais — disse o diretor Eduardo Hypolito, formado em artes visuais pelo Centro Universitário Fluminense (Uniflu). — Isso é o que nos motiva a todo mês fazer um estilo diferente de ficção. A gente vai fazer romance, comédia, drama, suspense, noir, guerra... E é um desafio poder transitar entre esses estilos. Já está sendo um aprendizado muito grande, e a gente ainda vai poder levar a nossa arte e a nossa mensagem para outras pessoas — enfatizou.