Exposição sobre a obra do campista Ivald Granato em cartaz no Sesc Guarulhos
- Atualizado em 10/11/2020 14:41
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Mostra "My Name is Ivald Granato Eu Sou" ficará aberta até fevereiro de 2021 / Reprodução/Acervo Ivalt Granato
Homenageado em 2002 pela Folha da Manhã com o Troféu Folha Seca, o artista plástico campista Ivald Granato segue sendo lembrado por meio da sua produção. Morto em 2016, aos 66 anos, ele é tema de uma exposição aberta terça-feira (10) no Sesc Guarulhos, no estado de São Paulo. Com curadoria de Daniel Rangel, a mostra “My Name Is IVALD GRANATO Eu Sou” ficará em cartaz até 20 de fevereiro de 2021, reunindo mais de 500 obras e documentos, em suportes analógicos e virtuais, que mapeiam as cinco décadas de uma trajetória dedicada à arte.
Trata-se da maior retrospectiva já feita sobre os 50 anos da obra de Ivald Granato. A pintura é o eixo principal do conteúdo expositivo, totalizando mais de 300, entre as dispostas no espaço físico e as distribuídas em galerias digitais, divididas a partir de vibrações cromáticas. Além das telas, desenhos, esculturas, arte postal, cadernos de artista, objetos, documentos e vídeos, em suportes analógicos e virtuais, dimensionam o seu legado.
— Ivald Granato possuía uma atitude roqueira que intervinha em quase tudo ao seu redor. Abordagens conectadas aos movimentos da história da arte, como o surrealismo, a action painting e a arte conceitual, a cultura pop e o estudo da cor. A mostra percorre a diversidade de sua trajetória com uma narrativa delineada, sobretudo, por seu percurso como pintor — afirma o curador Daniel Rangel.
Após uma primeira montagem no Sesc Belenzinho, onde foi vista por mais de 30 mil pessoas, a exposição, totalmente remodelada com novo projeto expográfico, chega ao Sesc Guarulhos com entrada gratuita, sempre de terça a sexta, das 15h às 21h, e aos sábados, das 10h às 14h, mediante agendamento prévio pelo site sescsp.org.br/guarulhos. As visitas à mostra têm duração máxima de 60 minutos, e o uso de máscara facial é obrigatório durante todo o período. Em razão da pandemia da Covid-19, não é permitido acesso de idosos e outras pessoas que integrem grupos de risco.
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Mostra "My Name is Ivald Granato Eu Sou" ficará aberta até fevereiro de 2021 / Reprodução/Acervo Ivalt Granato
Montagem — Dividida em seis núcleos, a exposição busca revelar nuances do processo de criação e das memórias pessoais e artísticas de Granato. Na Galeria, maior espaço da mostra, um conjunto de obras demonstra “a força do gesto, a expressividade, a cor, o movimento e a luminosidade que nortearam sua produção”, como destaca Daniel Rangel.
— Uma linha do tempo parte de 1968, com seu estilo vinculado à pop art, passa pela ruptura do suporte e a figuração do corpo humano, e encontra o abstracionismo, reunindo obras que integram acervos de instituições como a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Masp (Museu de Arte de São Paulo), coleções particulares e, em sua maioria, deixadas pelo artista com sua família — detalha o curador.
No espaço Performances, há fotos, vídeos originais e algumas peças de roupa e acessórios utilizados por Granato em ações performáticas que se tornaram icônicas, entre elas “Mitos Vadios” (1978). Exibidas ao lado do vídeo-documentário experimental “Ivald Granato in Performance”, de Tadeu Jungle e Walter Silveira, as peças compõem, na visão do curador, “um resumo divertido e escrachado de um artista que também sabia como atuar”.
Núcleo central da exposição, o espaço Ateliê é dedicado ao processo criativo do artista, apresentando centenas de objetos utilizados em suas pinturas e colagens. “São trenas, espelhos de tomadas, revistas, catálogos, luminárias e até vasos de cerâmica realizados por sua companheira, Lais Machado Granato, que recriam o espaço lembrado como um dos principais pontos de encontro da vanguarda paulistana da época”, conta o curador.
Outro segmento da exposição que dá a dimensão da importância da obra de Ivald Granato é a exibição de mais de 30 vídeo-entrevistas, dirigidas pela filha do homenageado, a jornalista Alice Granato, reunindo nomes como Gilberto Gil, Jorge Mautner, Claudio Tozzi, José Roberto Aguilar, Arnaldo Antunes, Barbara Gancia, Fernão Mesquita, entre outros. O conjunto responde à pergunta-chave da exposição: “Quem é Ivald Granato?”
— Ao fazer as vídeo-entrevistas, descobri mais e mais sobre ele. Sigo me surpreendendo com o que ouço, um presente. Sobre cada passo galgado, sobre como ele conduziu sua trajetória. Vi as peças se encaixarem, e isso deu um sentido ainda mais amplo para sua existência e sua obra — reflete Alice Granato.
Fonte: Sesc São Paulo.
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Mostra "My Name is Ivald Granato Eu Sou" ficará aberta até fevereiro de 2021 / Reprodução/Acervo Ivalt Granato

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