O tradicional evento Novembro Negro, que desde 2013 é realizado pelo Instituto Federal Fluminense (IFF) Campus Bom Jesus do Itabapoana, ganhou em amplitude neste ano. Diante da pandemia do novo coronavírus, terá possibilidade de participação de todos os campi e também da comunidade externa, com programação totalmente virtual, que vai de 16 a 19 deste mês. Haverá palestras, minicursos, mesas-redondas e atrações culturais com o objetivo de promover discussões sobre a temática “Lutas e Desafios da População Negra: Violência, Resistência e Protagonismo”. As inscrições terminaram na última segunda-feira (2), e a programação completa pode ser conferida no site www.even3.com.br/novembronegroiff2020.
— É um evento que pretende discutir a fundamental temática da defesa dos direitos da população negra, estimulando cada vez mais uma postura antirracista. Neste ano de 2020, especialmente, queremos destacar o protagonismo negro, bem como trazer para o debate a questão da violência e do apagamento da cultura negra — disse a coordenadora do Novembro Negro, a professora Karina Hernandes Neves, do IFF Bom Jesus.
Em todos os dias de evento haverá atividades à tarde e à noite. Entre os destaques, Karina aponta a participação da escritora Geni Guimarães.
— Mundialmente conhecida, é uma referência nacional como escritora negra e vencedora do prêmio Jabuti — disse Karina. Também estão confirmados palestrantes como Adriano Moura, Iris Amâncio, Célia Maria Patriarca Lisbôa, entre outros.
Fidelense radicado em Campos, o músico Marcelo Benjá vai participar do Novembro Negro a convite de representantes dos projetos de extensão “Quartas Musicais” e “Sarau do IFF”. Marcelo, que é ativista negro, comandará uma live musical relacionada à discussão antirracista, no dia 16, das 18h às 19h.
Outra atração será o lançamento de um curso on-line sobre história da África pelo Centro de Memória e pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), com coordenação do professor Fabrício Luis Pereira.
Toda a programação poderá ser assistida pelo canal do IFF no YouTube. A expectativa é de cerca de 500 participantes, com base no número alcançado em abril com o evento Abril Indígena, também virtualmente
— A experiência exitosa me faz acreditar que teremos o mesmo sucesso no Novembro Negro — comentou Karina Hernandes Neves.
A realização do Novembro Negro é do Neabi Bom Jesus junto à Coordenação de Políticas Culturais e Diversidade do IFF e à Comissão Organizadora e Científica. (M.B.) (A.N.)