Wladimir Garotinho (PSD) conquistou ontem, nas urnas, 106.526 eleitores, equivalentes a 42,94% dos votos válidos na eleição para prefeito de Campos. Além de liderar com folga e boa vantagem em relação ao segundo colocado, Caio Vianna (PDT), que teve 68.732 votos (27,71% dos válidos), o herdeiro político dos Garotinhos ficou a apenas 7,06 pontos percentuais de liquidar a fatura em 1º turno.
Não fosse a candidatura de Bruno Calil (Solidariedade), que teve como patrono o forte deputado estadual Rodrigo Bacellar, conquistando 32.673 votos (13,17% dos válidos), possivelmente Wladimir liquidaria já em um turno a eleição. O prefeito Rafael Diniz teve apenas 13.530 votos (5,45%) e a Professora Natália, apesar de ótima estreia, fez 11.622 votos (4,68%). Ambos não teriam força eleitoral para impedir a volta do clã Garotinho à Prefeitura ontem mesmo.
Mesmo assim, sem contar a pendência judicial por um detalhe meramente administrativo, de prazo, com o seu ótimo vice, Frederico Paes, nos votos Wladimir está com, no mínimo, no mínimo, um pé no Cesec, sede administrativa da Prefeitura de Campos.
Wladimir teve 37.794 votos a mais que Caio no 1º turno, equivalentes a 15,23 pontos percentuais, uma grande vantagem. Caio teria que conquistar, dos 72.817 votos (27,7% dos válidos) dados aos candidatos que não foram ao 2º turno, 55.326 eleitores, ou seja, 76% destes votos, com Wladimir ficando só com 24%. Isso sem contar a possível opção por branco, nulo ou abstenção no 2º turno.
É como se a cada 4 eleitores que votaram seja em Bruno, Rafael, Natália, Tadeu, Odisseia, Henriques, Waleska, Jonathan e Cláudio, 3 tivessem que escolher Caio no 2º turno e somente 1 Wladimir. Uma tarefa muito longe de ser fácil, até porque Wladimir, apesar da maior rejeição que Caio, não carrega grande rejeição própria, boa parte dela vem do desgaste político do pai.
Claro, isso nos votos, na situação de hoje. Porque em 13 dias muita coisa ainda pode acontecer, embora a campanha de Wladimir tenha sido de relativa tranquilidade, salvo um deslize ou outro. Já na justiça eleitoral, tudo pode acontecer. Em se tratando de Campos, surpresa seria se não tivesse nenhum embróglio pro TSE resolver.