Cláudio Rangel fala em isenção de impostos para atrair empresas de outros estados para Campos
30/10/2020 07:47 - Atualizado em 30/10/2020 11:52
O candidato do PMN à Prefeitura de Campos, Cláudio Rangel da Boa Viagem, fechou nesta sexta-feira (30) mais uma semana de entrevistas no Folha no Ar - 1ª edição, da Folha FM 98,3. Citando a necessidade de buscar verbas estaduais e emendas parlamentares como opções para captar recursos e enfrentar a grave crise financeira de Campos, Cláudio listou como prioridade, caso seja eleito, utilizar mecanismos que atraiam empresas de outros estados para a planície goitacá, inclusive isenção de impostos. Entre outras medidas, falou que reduziria o próprio salário de prefeito.
— Se o prefeito fizer um decreto legal, convidando os industriais para se instalarem na nossa cidade, trouxer o agronegócio para gerar emprego no interior, no final a Prefeitura vai ganhar também, vai ganhar recursos, ter mais impostos, receber benefícios — disse Cláudio Rangel. — Se eu for prefeito de Campos, a primeira coisa: vou a São Paulo, Mato Grosso, Goiás... Vou buscar o empresariado, os industriais, e dar a eles estabilidade. "Olha, vou te dar 30 anos, para você instalar a sua indústria aqui, gerar emprego, fornecer materiais produzidos aqui em Campos e mandar para o mundo através do nosso Porto, aqui, a 50 minutos do nosso nariz". Em pouco tempo, você vê quanto vai ser a receita de um município desse... — comentou.
Na visão de Cláudio, o estímulo para a geração de novas empregos no setor privado seria um fator importante para superar a crise. “Oferecendo 30 anos, 20 anos, 50 anos, você vai gerar emprego e, automaticamente, vai gerar renda. Porque o cidadão vai lá trabalhar na empresa, vai ter o salário no final do mês e vai correndo para o supermercado, vai correndo para a farmácia, vai pagar o aluguel, pagar a luz... Olha só: você vai dar uma identidade ao cidadão que quer trabalhar. Você tira o cidadão daquela política perversa do sacolão de alimentos e de outros serviços aí que a gente não deve falar", afirmou o candidato, planejando estímulo também para os empresários locais. “Vamos melhorar um pouco os impostos desses homens. Mas, eles vão poder manter também, através do excesso de movimento que vai ter, eles vão superar com facilidade, vão agradecer o mercado competitivo. Quem está aqui não vai perder nada, vai agradecer. Só que precisa haver conversa entre as partes, para cada um entender. Ninguém vai tirar nada de um e dar para outro. Nós temos que respeitar quem está, dar a ele força, coragem", complementou.
Cláudio Rangel também falou em "cortar gastos desnecessários" e revisar contratos feitos pela Prefeitura como outras medidas de otimizar o orçamento disponível para o próximo prefeito. “Existem alguns organismos que são privilegiados em servir ao município. Muitas vezes, esses contratos poderiam ser modificados. Qualquer centavo que venha a somar para o município, diante de muitos, não vai ser centavo, vai ser muito dinheiro. Obviamente, cada um vai dar a sua parcela. Ninguém vai morrer, todos vão poder trabalhar, todos vão poder receber. Depende de ajuste”, disse ele.
A economia, segundo ele, refletiria inclusive no próprio bolso. “Se eu for prefeito, vou mandar reduzir o meu salário. Não sei nem quanto ganha um prefeito, quanto ganha um vereador. Mas, sou um cidadão muito cavalheiro de pedir um decreto para a Câmara pedindo para diminuir o salário. Vamos ajudar. Aquilo ali são quatro anos. Ninguém vai se enriquecer ou precisa enriquecer diante de um problema enferrujado. Acho que cada um tem que ceder um pouco. Você sabe que tem contratos altíssimos... Alguém tem que perder um pouquinho. Você não vai perder tudo e vai fazer a máquina rolar, melhorar para atender a uma camada", enfatizou o prefeitável.
Com 0,8% de intenção de voto na pesquisa estimulada que o Instituto Paraná divulgou na quinta-feira (29) e cinco segundos previstos no tempo de propaganda eleitoral na televisão, Cláudio Rangel disse também que gostaria de que houvesse mais debates entre os candidatos. Mas que, mesmo com a grande diferença atual para os líderes da pesquisa, acredita estar "beliscando o calcanhar de cada um".
— (Os debates são) ótimos. Mas, se tivesse todo dia, seria melhor, embora pudesse ficar até um pouco enjoativo. Mas, eles (os candidatos mais cotados) têm, todo dia, duas ou três vezes por dia (o maior tempo de TV). E eu tenho as pernas na rua para andar. O debate bom, em uma semana ou duas que estivemos conversando, ótimo. Foi uma aceitação bonita diante do nosso público. Eles têm o diferencial. Mas, não estou reclamando. Mesmo com essa distância de pontos, acho que estou beliscando o calcanhar de cada um. Vamos aguardar mais uns dias para a gente ter uma ideia melhor do que pode acontecer — afirmou Cláudio Rangel.
Na opinião de Cláudio, que foi candidato a prefeito de São João da Barra em 1996, o baixo percentual relacionado ao seu nome na pesquisa do Instituto Paraná deve-se ao fato de não ser figura com carreira política e não ter presença constante na mídia.
— Somos 350 mil eleitores. Aí fez uma avaliação num número de 800 ou 900 eleitores. Então, eu posso dizer que estou muito bem. Se eu estivesse, em outras situações, na mídia, até como político, passado por algumas eleições... Eu, não. É a primeira vez aqui, com pouco recurso, com a minha iniciativa, o trabalho que eu venho oferecendo. Me sinto tranquilo. Estou aguardando esses 15 dias finais, e a população vai interpretar muito bem quem merece aquele voto bonito de cada cidadão para ser o prefeito e também o vereador que possa comandar o destino do nosso município — comentou.
Questionado sobre a demanda de Campos pela criação de um Parque Municipal, como opção de lazer e local para a prática de esportes a céu aberto, o candidato citou a área doHipódromo Lineu de Paula Machado como local de desejo para o projeto, indicando que seria possível viabilizá-lo através de parcerias.
— É uma área riquíssima, que vai atender tanto à área de Donana, Goitacazes, Parque Imperial, Penha, como também o Centro da cidade e também outras regiões, como Guarus, Parque Leopoldina, IPS e tal. Nós temos áreas importantes. É investir ali, com toda a estrutura que possa atender com tranquilidade e transparência aos nossos jovens, para eles terem momentos, e os seus familiares também, que trabalham durante a semana, possam passar o sábado e o domingo ali, com uma insfraestrutura boa na gastronomia, no esporte, na cultura, no que tiver de melhor que venha a proporcionar saúde para a população, com pistas adequadas, infraestrutura sanitária boa, restaurante... Acho que valeria a pena. E o próprio investidor vai querer participar também, ter lá as suas barraquinhas de cachorro quente, pipoca, milho verde, papa de milho... Vai dar uma assistência com infraestrutura para que a população curta momentos agradáveis lá — afirmou Cláudio.
Confira a entrevista completa:

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