A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) iniciou um novo sistema de investigação para identificar e prender foragidos da Justiça em uma ação integrada com outras unidades da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro. Os agentes da especializada fazem um detalhado monitoramento não apenas nas redes sociais, mas também buscam pistas deixadas pelos procurados na internet. A equipe responsável por esse trabalho é formada por dois grupos: um faz toda a análise de dados a partir das informações colhidas durante as investigações e o outro vai à rua para cumprir os mandados de prisão.
O trabalho de monitoramento complementa as apurações iniciadas por outras delegacias, responsáveis pelos inquéritos envolvendo os criminosos foragidos da Justiça. Tomando por base as primeiras investigações, a equipe da DRCI começa as buscas nas redes sociais para traçar o perfil do foragido, procurando descobrir, por exemplo, os locais que ele frequenta.
— Reunimos diversos mandados e começamos a fazer essa procura. Muitos, porém, não têm redes sociais ou não postam nada que sirva de referência. Há outros que são mais descuidados ou até mesmo vaidosos demais. A partir daí, traçamos um caminho para chegar até eles — conta o delegado Pablo Sartori, titular da DRCI.
O monitoramento acontece tanto na internet aberta como na deep web (conteúdos que ficam ocultos dos mecanismos tradicionais de busca na internet). A partir do momento em que são descobertos pontos de interesse do procurado, a equipe de rua vai até esses locais parar cumprir o mandado de prisão.
Na primeira ação desse grupo da DRCI, os agentes prenderam um homem que estava foragido após roubar um carro usando uma arma de fogo. Identificado pelas redes sociais, ele foi localizado e capturado em Jacarepaguá.