Fechado desde 2013, o Palácio da Cultura deve ser reaberto pela Prefeitura de Campos até o final deste ano. A obra do prédio, que se arrastava desde 2014 devido a paralisações, foi concluída nos últimos dias. Agora, a pendência para reabertura é a aquisição de mobília e equipamentos, já garantida, mas ainda não liberada devido ao período eleitoral.

— A verba para aquisição de todo o mobiliário urbano é decorrente de verba parlamentar do (ex-deputado federal) Paulo Feijó e do deputado federal Christino Áureo. Em respeito ao período eleitoral, foi adiada a finalização de compra da mobília, o que irá ocorrer após as eleições. A obra será entregue este ano — informou em nota a Prefeitura.

Segundo o poder público municipal, já foram concluídas três licitações para aquisição do mobiliário do Palácio da Cultura. Uma quarta licitação, relacionada a aparelhos de ar condicionado, está prevista para acontecer dentro de duas semanas. A emenda parlamentar que garantiu a aquisição de mobiliário e equipamentos, no valor de R$ 1 milhão, foi viabilizada para instalação no prédio do Centro Municipal de Inovação. Inicialmente, a condição motivou críticas de produtores culturais campistas. Mas, após negociações, foi garantida pela Prefeitura a manutenção do protagonismo cultural, sendo reservados cerca de 30% do espaço ao equipamento da superintendência de Ciência, Tecnologia e Inovação.

— Houve reuniões internas, até o prefeito participou, e chegou-se a um acordo. Uma parte do Palácio da Cultura abrigará o Centro de Inovação. Inclusive, o recurso federal para compra dos equipamentos vem em função do Centro de Inovação, para que seja instalado — comentou o secretário municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Cledson Sampaio Bitencourt: — A parte do mobiliário é uma verba federal que já foi licitada. A Prefeitura só está aguardando a Caixa liberar. Como estamos em período eleitoral, e é uma verba federal, eles acabam suspendendo a entrega. A licitação foi feita, teve empresa ganhadora... Só falta a questão da entrega. Se a eleição terminar no dia 15 de novembro, eles liberam a partir do dia 16. Se houver segundo turno, liberam a partir do dia 30.

De acordo com Cledson, foi mantido na etapa mais recente da obra o contrato inicial, que não previa reformas no Pantheon dos Heróis Campistas e no auditório Amaro Prata Tavares. “A obra englobou todo o prédio principal e toda a área externa, onde foi feito o calçamento na parte de trás, foi feita a parte de estacionamento, houve colocação de grama, instalação de banheiros... No prédio principal, só não foram reformados o auditório e o Pantheon”, disse o secretário de Infraestrutura.

A obra ficou orçada em R$ 1 milhão e 200 mil, sem custos para a Prefeitura, como medida compensatória de empresa privada pela demolição indevida do Casarão Clube do Chacrinha, à rua 13 de Maio, em 2013. O acordo foi homologado em 2018 pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Campos.

Após reunião com o prefeito Rafael Diniz e outros representantes do governo municipal, no início de agosto, membros do Conselho Municipal de Cultura (Comcultura) de Campos visitaram o Palácio para conferir o andamento da obra.

— Quando estiver devidamente mobiliado, o espaço tem tudo para atender às necessidades do segmento cultural campista, desde que sejam realizadas pela municipalidade as alterações solicitadas pelo Comcultura ao prefeito Rafael Diniz — ressaltou o presidente do Comcultura, Marcelo Sampaio: — Solicitamos uma sala fixa para o Comcultura; maior espaço para a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), mostrando o protagonismo da cultura; divisórias com a parte superior em vidro, com o objetivo de ampliar a visualização de todo o Palácio; e denominação do café em português.