O Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica, que comemora nesta terça-feira (1) 10 anos, será ampliado. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Alex Bousquet, quatro novos polos para cirurgia de redução de estômago serão implantados: Metropolitana I, Médio Paraíba, Noroeste e Metropolitana II.
— Hoje, no estado do Rio de Janeiro existe um fila de espera por cirurgia bariátrica de 5.500 pessoas. O objetivo é desenvolver uma política de enfrentamento à obesidade, promovendo saúde e bem-estar nesta parcela da população que apresenta obesidade mórbida. Com isso, vamos reduzir as doenças metabólicas como, diabetes, hipertensão, dislipidemia (elevação de colesterol e do triglicerídeos), esteatose hepática (gordura no fígado), além de problemas articulares e de apneia do sono — afirma Bousquet.
Com a criação de quatro novos polos, além de ampliar o cuidado a pessoas superobesas, a expectativa da secretaria de Estado de Saúde (SES) é reduzir drasticamente a fila por cirurgia bariátrica ou zerar. Outro ponto positivo é ofertar o atendimento em unidades mais próximas das residências dos pacientes, evitando grande deslocamentos. Atualmente, apenas o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, na Zona Norte, realiza o procedimento.
Como se habilitar para a cirurgia
Para se candidatar a uma cirurgia bariátrica pelo SUS, o paciente deve procurar atendimento em uma Clínica da Família próxima da residência para que um médico avalie a necessidade da cirurgia. Se a operação for indicada, o médico solicita uma segunda avaliação para a Central Estadual de Regulação (CER), que encaminha o pedido de forma on-line. O paciente é contatado e tem uma consulta de avaliação marcada. Antes da cirurgia, há um rigoroso programa de preparo obrigatório, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro, nutricionista e psicólogo). A idade para realização do procedimento varia dos 16 anos aos 65. Após o procedimento cirúrgico, os pacientes ainda são acompanhados por cinco anos no Hospital Estadual Carlos Chagas.