O Goytacaz não vai mais iniciar os treinos da pré-temporada em Cardoso Moreira. Após exigência da Prefeitura de Campos para liberar as atividades no município, o clube realizou nessa terça-feira (1°) testes de Covid-19 do tipo RT-PCR em 23 jogadores e 10 membros da comissão técnica. Os testes foram comprados pelo Goyta e feitos em um apart-hotel de Campos, onde a delegação está concentrada. A expectativa é de que os resultados saiam na manhã desta quarta (2), para o primeiro treinamento ser realizado à tarde, no estádio Ary de Oliveira e Souza. Apenas pessoas testadas terão acesso ao Aryzão. Outro clube campista confirmado na Série B1 do Campeonato Estadual, o Campos Atlético ainda não divulgou detalhes da pré-temporada após as medidas cobradas pelo poder público municipal.

Na semana passada, os atletas e integrantes da comissão técnica do Goytacaz já haviam passado por testes rápidos de Covid-19 no Rio de Janeiro, como determinado pelo protocolo Jogo Seguro, da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Uma segunda bateria de testes rápidos deveria acontecer nesta semana, com objetivo de identificar possíveis falsos negativos e/ou novos casos de infecção pelo novo coronavírus. Contudo, após reunião do prefeito campista, Rafael Diniz, e de representantes do gabinete de crise da Prefeitura com dirigentes do Goyta e do Campos Atlético, na segunda-feira (31), ficou definido que não haveria liberação para treinos de futebol em Campos sem a realização dos testes RT-PCR, considerados mais eficientes. Outra determinação do poder público municipal foi o confinamento das delegações, que o Goytacaz fará no apart-hotel onde os atletas e demais funcionários já se encontram, além de testes rápidos semanais posteriormente. Na sexta-feira (28), o Aryzão passou por vistoria de uma equipe da Vigilância em Saúde.

Também foi feita na sexta uma vistoria no estádio Ângelo de Carvalho, do Campos Atlético, que na última segunda-feira sediou a primeira bateria de testagens nos jogadores e na comissão técnica do Roxinho. A saída de Campos para treinar vinha sendo trabalhada como plano B pela diretoria do clube, em caso de não liberação das atividades em sua sede. Para cumprir a segunda sessão de testes rápidos prevista no protocolo Jogo Seguro, o clube precisa aguardar o vencimento do prazo de sete dias, mas poderia treinar neste intervalo caso tivesse o aval do poder público. Agora, não poderá sem os testes RT-PCR — a menos que vá para outra cidade. Não houve posicionamento do clube sobre a definição até a noite de terça-feira.

Após a reunião do início da semana, o secretário de Governo de Campos, Fábio Bastos, comentou as medidas impostas dos clubes.

— A equipe técnica municipal precisou fazer adequações ao protocolo da Ferj, adequando à realidade local e ao cumprimento de medidas que se fazem necessárias ao momento pandêmico que vivemos. O protocolo municipal adequado também foi apresentado aos representantes, que se prontificaram a atender. Os protocolos têm a finalidade de definir medidas para que os clubes retomem em segurança os treinamentos — disse Fábio Bastos.

O secretário de Governo adiantou na segunda-feira que algumas medidas já haviam começado a ser tomadas pelos clubes, que têm até 30 dias para apresentá-las. “Esse prazo é para que todas as adequações possam ser cumpridas de forma correta, de acordo com as normas da Vigilância Sanitária e para segurança de todos”, concluiu.

Goytacaz e Campos Atlético estreiam na Segundona do Estadual como mandantes, contra São Gonçalo e Angra dos Reis, respectivamente, no dia 19 ou 20 deste mês. Não estão definidos os locais das partidas.