Rafael Diniz afirma que parceria com Rodrigo Bacellar por ajuda aos hospitais contratualizados de Campos foi transparente
30/08/2020 13:58 - Atualizado em 30/08/2020 16:00
O prefeito de Campos, Rafael Diniz (Cidadania), se posicionou sobre a citação ao deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) na delação do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, que baseou o afastamento do governador Wilson Witzel (PSC). De acordo com publicação da jornalista Berenice Seara, do jornal Extra, o inquérito relata uma parte do depoimento em que Edmar Santos diz que Bacellar e o deputado Márcio Canella (MDB) também teriam participação no esquema de desvio da saúde. Rodrigo nega ter cometido qualquer irregularidade, e Rafael Diniz afirma que a parceria com o parlamentar, que destinou verba aos hospitais contratualizados do município, foi transparente.
— Ao tomar conhecimento sobre as informações publicadas pela mídia em relação à delação do ex-secretário de saúde do estado Edmar Santos, cabe ressaltar que, tendo em vista a maior crise financeira da história de Campos, sempre buscamos parcerias com todas as esferas do poder. A Alerj é uma delas — disse o prefeito Rafael Diniz em nota divulgada neste domingo (30). — Mesmo não fazendo parte do grupo político do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD), que inclusive tem candidato à Prefeitura de Campos, foi importante a interlocução com o parlamentar, sobretudo na busca por recursos aos hospitais contratualizados (Beneficência Portuguesa, Santa Casa, Hospital Plantadores de Cana e Hospital Alváro Alvim), sendo essa parceria realizada de forma transparente e com ampla divulgação da mídia local na ocasião — acrescentou.
Segundo o inquérito, Bacellar "deixou de lado as necessidades dos sistemas regionais de saúde para privilegiar suas bases eleitorais, sobrepondo projetos de poder aos interesses da população". A denúncia também fala que a preferência pelos municípios de Bom Jesus do Itabapoana, Carapebus e São Fidélis seguiria a mesma linha. Em Bom Jesus e São Fidélis, os prefeito Roberto Tatu e Amarildo do Hospital, respectivamente, são do mesmo partido de Bacellar, assim como a vice de Carapebus, Marinette Manhães.
— O princípio da legalidade é muito claro: só é crime aquilo que é definido em lei. Eu sou parlamentar, fui eleito, tenho que zelar pela minha cidade, pela minha região. Isso é crime? É assustado ver algo como isso. Tenho minha consciência tranquila. Em momento nenhum pedi propina ou qualquer coisa errada. O que falava é que precisava ajudar os hospitais filantrópicos de Campos, por exemplo — defendeu-se Rodrigo Bacellar. — O que me assusta é o MP querer classificar isso de uma maneira dúbia, tentando mostrar à população que isso pode ser classificado como crime. Não pode uma pessoa estudar 20 anos de direito penal e cometer uma aberração dessa. Eu sou criminoso porque peço dinheiro aos municípios que enviam ofício porque estão precisando? — questionou o deputado.

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