Ministro do STJ determina a volta de Queiroz e da mulher para a prisão
13/08/2020 20:33 - Atualizado em 13/08/2020 21:06
Foi revogada nesta quinta-feira (13) pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, a prisão domiciliar do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) Fabrício Queiroz e de sua mulher, Márcia de Aguiar. Segundo o site G1, o ministro determinou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro analise a situação de ambos com urgência, ficando restabelecidas as prisões em regime fechado durante este período.
Queiroz, que além de ex-assessor de Flávio é também amigo da família do presidente Jair Bolsonaro (Republicanos-RJ), estava em prisão domiciliar desde 9 de julho. O benefício havia sido concedido pelo presidente do STJ, João Otávio de Noronha, alegando que as "condições pessoais" de saúde e idade de Queiroz recomendam mantê-lo na cadeia durante a pandemia. Márcia, que estava foragida desde que a Polícia Federal deflagrou a Operação Anjo, em 18 de junho, também foi beneficiada com a determinação. atuação de Noronha no caso aconteceu durante o recesso do Judiciário. 
"condições pessoais" de saúde e idade de Queiroz não recomendam mantê-lo na cadeia durante a pandemia. O benefício foi estendido à esposa dele, Márcia Aguiar, que estava foragida.
Após ter sido encontrado na casa de Frederick Wassef, amigo e advogado da família do presidente Bolsonaro em causas privadas, Fabrício Queiroz chegou a ser encaminhado ao complexo penitenciário de Bangu, no Rio. Márcia, por sua vez, ficou foragida e só se apresentou à Polícia do Rio após a ordem de prisão domiciliar, para colocar tornozeleira eletrônica.
Ainda de acordo com o G1, na decisão desta quinta, o ministro Felix Fischer atendeu a um pedido do subprocurador-geral da República, Roberto Luís Oppermann Thomé, para que a prisão domiciliar fosse derrubada. Segundo o subprocurador, há uma série de elementos que justificam a prisão de Queiroz: ligações de familiares com "alusão a seu poder de influência mesmo de dentro da cadeia"; declarações de endereço e hospedagem falaciosos; "desaparecimento a ponto de virar meme o mote 'Onde está o Queiroz?'", "desaparição de sua companheira e foragida paciente", em referência a Márcia Aguiar; "estranhas contabilidade e movimentações bancárias"; "relacionamentos familiares concomitantes com exercício de cargos públicos comissionados", e "patrimônio a descoberto".
— Em síntese, um conjunto de circunstâncias que se (ainda) não configuram prova suficiente a formação de eventual opinio delicti [suspeita de crime], demandam de parte do Ministério Público e do Poder Judiciário a atenção devida à busca da verdade real — escreveu o subprocurador em seu parecer.
O Ministério Público aponta Queiroz como operador financeiro do esquema das "rachadinhas". As irregularidades teriam ocorrido no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual do Rio de Janeiro. As acusações são negadas por Flávio.

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