Autoridades sanitárias investigam se uma mulher de 39 anos, moradora de Volta Redonda, se reinfectou com o novo coronavírus. A suspeita foi informada nesta quarta-feira (26) pela secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro.
Segundo a superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, a mulher mora no município do Sul Fluminense, mas trabalha em Angra dos Reis e na capital. Ela teria contraído o vírus pela primeira vez em maio e adoecido novamente em agosto. O caso está sendo investigado pela SES, em parceria com os três municípios e o ministério da Saúde.
A possibilidade de se infectar mais de uma vez pelo coronavírus vem sendo objeto de estudos ao redor do mundo. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da parceria entre o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) têm desenvolvido pesquisas sobre o tema.
Segundo a fundação, a pesquisa ainda não produziu dados conclusivos. Assim que os resultados forem obtidos e publicados, de forma segura, a instituição irá divulgar os dados.
Hong Kong
Pesquisadores da Universidade de Hong Kong, na China, anunciaram nesta semana que confirmaram um caso de reinfecção pelo novo coronavírus. O homem, de 33 anos, contraiu o vírus pela segunda vez neste mês depois da primeira infecção, em março.
Em resposta a jornalistas na entrevista coletiva da última segunda-feira (24), a líder técnica para Covid-19 da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, destacou que a documentação da reinfecção em Hong Kong é importante, mas pediu cautela. “Não podemos pular para nenhuma conclusão”, disse ela, que lembrou que a confirmação foi a primeira em quase 24 milhões de casos e destacou que há pesquisas em curso em todo o mundo acompanhando a resposta imune desenvolvida por pessoas que tiveram covid-19.