Faltando quatro semanas para o início da Série B1 do Campeonato Estadual, em 19 de setembro, os clubes de Campos que vão disputá-la ainda não têm definição quanto ao início dos treinos. O Goytacaz, que confirmou na quinta-feira (20) o técnico Lucho Nizzo e anunciou a contratação de 22 jogadores, deve adiar a apresentação dos atletas, que ocorreria neste domingo (23), bem como as atividades iniciais, inicialmente previstas para segunda-feira (24), com a primeira bateria de testes de Covid-19. Nova data ainda não havia sido definida até a noite de sexta (21), e o clube avalia a possibilidade de treinar em outro município após negativa inicial de liberação da Prefeitura. No Campos Atlético, o planejamento é de que a apresentação do elenco aconteça na próxima semana, dependendo do andamento das negociações com o poder público.
Na noite de quinta-feira, o presidente do Roxinho, Márcio Reinaldo, teve uma reunião com o secretário municipal de Governo, Alexandre Bastos, que não deu garantias, mas ficou de encaminhar ao gabinete de crise da Prefeitura o pedido de liberação para que Campos e Goytacaz possam treinar em seus estádios. Márcio Reinaldo disse ter saído confiante do encontro.
Em nota, a Prefeitura informou estar aberta ao diálogo, mas que, atualmente, o departamento de Vigilância em Saúde não recomenda a prática de treinamentos esportivos com o retorno de jogadores e membros de equipe técnica aos seus domicílios, devido ao grande risco de exposição e, consequentemente, de espalharem o coronavírus em caso de contágio.
— Neste momento não está sendo liberado, mas, assim que ocorrer a diminuição sustentada dos casos, haverá possibilidade de abrir os treinos aos clubes desportivos para treinamentos — disse a diretora municipal de Vigilância em Saúde, Andreya Moreira.
Na própria quinta-feira, a Prefeitura já havia negado ao Goytacaz o aval para treinamentos, com orientação estendida ao Campos, alegando que os clubes de futebol não são beneficiados pelo decreto em vigor que permite atividades a céu aberto em grupos de até 10 pessoas, acompanhadas de profissional de educação física. Segundo o poder público, “as especificações do decreto referem-se a atividades em clubes recreativos. Clubes de futebol trata-se, juridicamente, como associações desportivas, cujo objetivo é a prática do esporte profissional”.