Despedida e homenagens ao médico Makhoul Moussalem
Virna Alencar 01/07/2020 14:27 - Atualizado em 30/07/2020 18:33
  • Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

    Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

  • Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

    Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

  • Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

    Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

  • Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

    Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

  • Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

    Sepultamento no Caju (Foto: Genilson Pessanha)

A despedida ao médico Makhoul Moussalem foi marcada por homenagens e orações ao som de saxofone, na tarde desta quarta-feira (1), durante sepultamento no cemitério do Caju, em Campos. Familiares e amigos relataram o legado e projetos do médico que tanto contribuiu para a sociedade campista, seja na área profissional ou acadêmica. O neurocirurgião, de 75 anos, que estava internado desde o último dia 22 de junho na UTI do hospital da Unimed, testou positivo para Covid-19. Ele apresentava comorbidades, como uma fibrose e problemas renais, frutos de um tratamento para câncer, e que se agravaram por causa do coronavírus. Ele deixa três filhos e a companheira e também médica Vera Marques. 
— As principais características dele era a luta pela vida, primou pela liberdade, pelo ensino. Sempre foi um cara lutador, alguns sonhos realizou outros deixou a gente para realizar. O último sonho dele para fazer era a Emergência Primeira Hora, no Hospital Beneficência Portuguesa, considerando que o socorro nessa primeira hora pode salvar a vida daqueles que infartam e sofrem derrame cerebral. Para isso, pleiteava um helicóptero para estar a serviço da população, considerando o socorro em localidades mais distantes. O projeto estava bem encaminhado e já havia discutido com o prefeito Rafael Diniz, faltando apenas recursos do Estado. Veio a Covid-19 e interrompeu esse sonho — disse o irmão Bassam Moussalem.
— Estou muito triste, não tenho o que falar para a família. A gente não consegue falar, só ajudar a chorar nessas horas — declarou o promotor de Justiça Marcelo Lessa.
A amiga Eliane Guimarães também falou da grande perda. “Era uma amizade de quase 40 anos. Trabalhei com ele no hospital Santa Casa de Misericórdia. Homem bom, íntegro, honesto, competente, que veio à Terra para fazer o bem. Perdemos uma pessoa muito querida, que fez um legado enorme na medicina e na vida pessoal também”.
A médica Paula Cabral foi aluna de Makhoul na Faculdade de Medicina de Campos (FMC). “Antes de tudo, ele era meu professor. Atualmente, era praticamente meu mentor no Instituto de Pesquisa, Ciência e Tecnologia Aplicada, onde sempre deu sua opinião sincera, muito clara, sempre defendeu sua posição e sempre ensinou a gente a sempre ter metas muito claras. Nunca parou de trabalhar, de colaborar, de deixar de ter uma atividade e agora deixa muita saudade”.

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