Embora haja a determinação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para interrupção das obras do hospital de campanha em Campos, ainda há movimentação no terreno da avenida 28 de Março e funcionários informam que a unidade ainda está em processo de montagem. O hospital iria fornecer leitos para o tratamento da Covid-19 e desafogar a ocupação de leitos da rede pública e contratualizada de Campos, que nesta semana manteve os 90% de ocupação dos leitos de UTI com pacientes infectados pelo coronavírus.
Nessa sexta-feira (03), a equipe de reportagem esteve na área da antiga Vasa e operários chegaram a falar que ainda não houve interrupção dos serviços. A SES foi procurada para saber o motivo da movimentação no local da obra, mas em nota a pasta apenas informou que “a Secretaria de Estado de Saúde reafirma que determinou a interrupção das obras do Hospital de Campanha de Campos dos Goytacazes e que a sua construção não irá prosseguir”.
O anúncio de que a unidade em Campos não será mais entregue foi feito na última quarta-feira (1º). De acordo com a SES, após seus técnicos analisarem a curva decrescente por busca de leitos de Covid-19 no estado, a secretaria optou em não mais concluir o hospital. A SES informou, ainda, que vai pactuar, caso haja demanda, a utilização de leitos em unidades particulares no município para ofertar à população.
O hospital de Campos foi um dos sete prometidos pelo Governo do Estado. Inicialmente, a montagem havia sido anunciada para o dia 26 de março. Porém, não aconteceu. Após isso, a instalação foi prevista para o dia 6 de abril e sua conclusão prevista para o dia 30 do mesmo mês. O que também não aconteceu. A montagem só começou em 10 de abril. A entrega foi adiada por três vezes.
Leitos - Segundo a Prefeitura de Campos, até o dia 02 de julho, mais de 90% dos leitos de UTI destinados para pacientes com coronavírus estavam ocupados. Já a ocupação de leitos clínicos para Covid era de 80%.
No geral, os hospitais públicos e contratualizados contam com 208 leitos de UTI. Desse total, 75% estavam ocupados. Já o quantitativo de leitos clínicos foi de 380, com 55% de ocupação.
Em relação aos hospitais particulares Dr. Beda e Unimed, a taxa de ocupação era de 70,9% dos 55 leitos de UTI e 70,8% dos 96 leitos clínicos. O Prontocardio não havia enviado sua atualização.
