A campista Érica Viana, ativista apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi presa pela Polícia Federal, na tarde dessa terça-feira (16), em Brasília. Ela faz parte do grupo 300 do Brasil, comandado pela ativista Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter, que também foi presa na última segunda-feira (15). Além de Sara e Érica, outros quatro integrantes do grupo foram detidos.
Contra Érica foi expedido um mandado de prisão temporária. Ela atua com auxiliar de turma na Prefeitura de Campos e foi presa durante uma manifestação realizada na porta da Polícia Federal, em Brasília, contra a prisão da líder Sara Winter. Segundo o movimento 300 do Brasil, no total, quatro integrantes foram presos em Brasília e dois em São Paulo.
As prisões ocorrem durante uma investigação sobre o financiamento de protestos antidemocráticos.
Nessa terça-feira (16), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Sara Giromini pelos crimes de injúria e ameaça, praticados de forma continuada, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As condutas foram veiculadas em canal no YouTube e na conta pessoal do Twitter da acusada. Não foram denunciados crimes contra a Lei de Segurança Nacional. Nesse aspecto, foi promovido o arquivamento da representação enviada pelo ministro. Caso condenada, Sara será obrigada a reparar Alexandre de Moraes em valor mínimo de R$ 10 mil por danos morais.
Na denúncia enviada à 15ª Vara de Justiça Federal, o procurador da República Frederick Lustosa relata as declarações proferidas por Sara Giromini, após ser alvo de busca e apreensão determinadas por Alexandre de Moraes, no inquérito das fake news (4.781). A peça descreve que a investigada utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo.