Witzel exonera Tristão em aceno à Alerj diante de pedidos de impeachment
Aldir Sales 03/06/2020 15:59 - Atualizado em 30/07/2020 18:13
Em meio a denúncias de fraude na contratação emergencial para montagem de hospitais de campanha, o governador Wilson Witzel (PSC) fez mais um movimento importante para garantir sua sobrevivência no cargo. Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e considerado braço direito de Witzel, Lucas Tristão foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (3).
A ação é um aceno importante para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que já recebeu pelo menos dez pedidos de impeachment do governador. Os deputados – tanto aliados ou da oposição – não engoliam Tristão, que foi acusado até de espionar os parlamentares.
Então líder do governo, Márcio Pacheco (PSC) entregou o cargo o cargo na última semana após o governador mudar o comando das secretarias de Fazenda e da Casa Civil, em um movimento interpretado pela Alerj como de fortalecimento de Lucas Tristão, que indicou os novos nomes.
Nos últimos dias, cresceram as especulações de que Witzel estaria colocando à disposição dos deputados estaduais indicações ou até mesmo que assumissem várias das secretarias de governo.
Presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) – que também não engole Tristão – já indicou que pode dar prosseguimento a algum dos pedidos de impeachment e levar para votação no plenário. Em meio a esse turbilhão, o governo não tem garantias de como seria o resultado se isso acontecesse hoje.

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