Matheus Berriel
16/06/2020 17:38 - Atualizado em 24/07/2020 18:50
Inaugurado em 16 de junho de 1950, o Maracanã completa nesta terça-feira 70 anos de história. Foi do campista Waldir Pereira, o Didi, o feito de ter anotado o primeiro gol do estádio, oficialmente batizado como Jornalista Mário Filho. Foi no dia seguinte à inauguração (17), defendendo a Seleção Carioca de Novos, que seria derrotada por 3 a 1 pela Seleção Paulista da mesma categoria, em amistoso disputado a oito dias da abertura da primeira Copa do Mundo realizada no Brasil. O registro integra a biografia "Didi, o gênio da Folha Seca", do jornalista Péris Ribeiro.
— A festa terminou com vitória dos Paulistas por 3 a 1. Mas, foi nela que coube a Didi a honra de marcar o primeiro gol do "maior do mundo", fazendo 1 a 0 para os Cariocas. Aliás, bem ao seu jeito, deferindo um chute de curva, da entrada da área. Um tirambaço no canto direito, à meia altura. Que pegou inteiramente desprevenido ao goleiro Oswaldo, aos 23 minutos do primeiro tempo — escreveu Péris no livro, que lhe valeu o Prêmio João Saldanha de Jornalismo Esportivo em 2011.
À época, aos 21 anos, Didi defendia o Fluminense, onde atuou de 1949 a 1956. Com passagens na juventude pelo São Cristóvão de Campos, Industrial, Goytacaz, Americano e Rio Branco, neste também pela equipe principal, em início de carreira, o meia viria a marcar época no Botafogo. Atuando no clube de General Severiano, foi convocado para disputar as Copas do Mundo de 1958 a 1962 pela Seleção Brasileira, tendo sido eleito o melhor jogador do Mundial da Suécia, o primeiro do bicampeonato. Criador do chute ao estilo "folha seca", jogou ainda por Lençoense/Bariri, Madureira, Real Madrid, Sporting Cristal, Veracruz e São Paulo, antes de virar treinador. Didi faleceu em 2001, aos 72 anos.
*Atualizado às 19h55 para correção da data da partida, 17 de junho de 1950, um dia após a solenidade de inauguração.