O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu afirmou que a desobediência da população em relação ao isolamento social tem afetado diretamente o comércio de Campos. Abreu destacou que as atividades comerciais poderiam ser flexibilizadas anteriormente se houvesse diminuição na circulação e no contágio de coronavírus no município.

— Infelizmente, o comércio está pagando a conta devido à desobediência da população, que não segue as orientações de saúde. O que observei na última semana é que houve uma certa flexibilização por parte do poder público, permitindo que outros setores como oficinas, consultórios, escritórios de advogados e contabilistas voltassem a funcionar, desde que cumpram os protocolos da saúde. Estaríamos muito melhores em relação à reabertura do comércio se realmente a população colaborasse mais no comportamento ao atendimento dos protocolos. O que temos presenciado é que, em vários bairros e distritos, os moradores e os comerciantes não estão respeitando as normas de saúde, se comportando como se tudo estivesse normal, colaborando para o aumento dos casos — afirmou.

Durante a semana, o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) apresentou um plano gradual de flexibilização das atividades não consideradas essenciais. Rafael explicou que as avaliações vão acontecer semanalmente e levam em consideração os números de leitos disponíveis e a taxa de proliferação do vírus. Atualmente, Campos está no nível 4 – o segundo mais alto –, mas com menos restrições do que durante o lockdown.

De acordo com o presidente da Acic, os prejuízos nas atividades comerciais chegam a R$ 300 milhões em Campos, além de uma taxa de desemprego no setor de aproximadamente de 30% e o fechamento de 40% das lojas instaladas no município.