Presidente do Campos mantém Souza como técnico e mira vaga na Série A2 do Estadual
Matheus Berriel 15/05/2020 18:15 - Atualizado em 03/06/2020 18:19
Márcio Reinaldo, presidente do Campos
Márcio Reinaldo, presidente do Campos / Folha da Manhã
Com treinador definido — Gecildo Souza —, mas incertezas em relação à montagem do elenco, o Campos Atlético Associação já tem objetivo definido para a Série B1 do Campeonato Estadual, com início previsto para 15 de agosto. De acordo com o presidente Márcio Reinaldo, está nos planos do clube ficar entre os oito primeiros colocados para garantir vaga, no mínimo, na Série A2, que será criada no próximo ano pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
— Havendo campeonato (da Série B1), o treinador todos já sabem que é o Souza. Quanto aos atletas, precisamos ter cautela. Temos que ter uma maior definição da situação no geral, todos serão contratados quando houver definição. Nosso objetivo será ficar entre os seis clubes e subir para a A2 — disse Márcio Reinaldo.
Na prática, a Série A2 valerá como a própria segunda divisão do Estadual, mas contando com apenas 12 clubes, não mais 17 como a B1 atual. Terão direito a disputá-la os clubes que ficarem do terceiro ao oitavo lugar na Segundona deste ano, mais o lanterna da fase principal da Série A de 2021 e cinco clubes oriundos da próxima Seletiva, que será a última e mandará apenas o líder para as Taças Guanabara e Rio. A Seletiva terá entre seus participantes os dois finalistas da Série B1; o Friburguense, que garantiu vaga por ter vencido o Grupo X; os dois clubes que se salvarem no Grupo Z — Americano já garantido, além de Nova Iguaçu ou America—; e o lanterna geral das fases principais da atual Série A.
— Acredito que a criação da Série A2 será benéfica para os clubes de pequeno e médio porte. Provavelmente, haverá subsídio financeiro para os clubes. A princípio, essa seria a ideia, se não mudar com esse momento difícil — comentou o presidente do Roxinho.
A pandemia do novo coronavírus é exatamente uma das preocupações do Campos na atual temporada, bem como do Goytacaz, outro representante campista na Série B1, e dos demais clubes de pequeno investimento.
— Está tudo muito indefinido. A possibilidade de o campeonato se iniciar no dia 15 de agosto vai depender muito dessa pandemia. Mas, acredito que poderá acontecer em setembro. Infelizmente, vivemos dias de indefinição — pontuou Márcio Reinaldo, sem opinar sobre a provável disputa dos jogos sem torcida: — É uma pergunta difícil de responder. No momento, só temos a aguardar.
Quem ficar do nono ao 15º lugar na Série B1 deste ano permanecerá no torneio, que passará a valer como terceira divisão. Os dois últimos vão ser rebaixados para a Série B2, equivalente à quarta divisão a partir de 2021.
Souza pretende iniciar os treinos em julho
Confirmado pelo presidente no cargo de treinador, Gecildo Souza trabalha nos bastidores para ter o grupo de jogadores fechado dentro de um mês e meio. Hoje, estão registrados no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira) da Ferj apenas os meias Fábio Junior, com contrato até maio de 2021, e Jhonatan, que tem vínculo com o clube até novembro deste ano.
— Em relação à montagem do elenco, a gente já está bem adiantado. Conversamos com o presidente, fizemos uma lista de jogadores (para eventuais contratações). Acredito que precisamos iniciar os treinamentos no início de julho. Temos bastante tempo para começar a trabalhar e entrar no campeonato com força total — disse Souza.
Atento aos decretos governamentais e às recomendações das autoridades de saúde a respeito do novo coronavírus, o treinador do Campos acredita que será possível iniciar o campeonato na data planejada pela Ferj.
— A expectativa é muito grande. Porém, a gente tem que ter muito cuidado. A esperança continua, mas eu vejo as coisas acontecendo bem devagar. Vai depender muito do que vai acontecer nesse mês. Aí, sim, a gente vai analisar, para que realmente possa pensar em campeonato — afirmou.
Em 2019, apesar de não ter iniciado a Série B1 entre os favoritos, o Roxinho foi semifinalista da Taça Santos Dumont. Na Taça Corcovado, porém, mudou a prioridade após sofrer baixas no elenco e enfrentar dificuldades financeiras. Os sete pontos conquistados no segundo turno, mais os 13 que havia feito no primeiro, foram suficientes para evitar a queda, terminando em 15º na classificação geral.

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