Matheus Berriel
27/05/2020 18:44 - Atualizado em 17/06/2020 18:04
Dez prédios públicos de Campos tiveram a energia cortada nesta quarta-feira (27) por falta de pagamento, entre eles os de equipamentos culturais o Teatro Municipal Trianon, que sedia a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, e o Museu Histórico, ambos no Centro. Questionada, a Prefeitura se limitou a informar que "providências estão sendo tomadas pela secretaria municipal de Fazenda e a Procuradoria do Município". Enel Distribuição Rio divulgou que negocia com a Prefeitura, e que o fornecimento já foi retomado em quatro prédios, sem especificar quais.
O corte na energia do Museu Histórico de Campos interfere na volta do projeto virtual "Museu Virtual", com a retomada das gravações marcadas para esta quinta (28). No início do mês, o equipamento cultural já havia sido prejudicado com a redução de sua equipe, causada pelo corte de contratos de estagiários e prestadores de serviços por Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA) em virtude do Plano de Suspensão Emergencial, que também afetou o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho.
Em nota, a Prefeitura não informou o motivo do atraso nos pagamentos, o período em que estes não foram efetuados, nem se há previsão de acerto para o restabelecimento do serviço. “Nós torcemos e aguardamos, confiantes, que o problema seja resolvido em breve", disse a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Cristina Lima.
Também contatada pela Folha, a Enel Distribuição Rio confirmou os “cortes em prédios públicos do município de Campos dos Goytacazes no dia de hoje (27) em função de débitos da administração municipal com a empresa”.
— A companhia esclarece que está em negociação com a Prefeitura e que já restabeleceu o fornecimento de energia em quatro dos dez prédios cortados. A empresa segue em contato com a administração da cidade, para negociação da dívida. A Enel reforça, ainda, que o corte foi precedido de notificação, cumprindo a Resolução nº 414/2010 da agência reguladora do setor elétrico (Aneel), e ocorreu em unidades que não prestam serviços essenciais — diz a nota