O ministro do Supremo Tribunal Federal (TSE) e futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso disse ser contra, pelo menos por ora, ao adiamento das eleições municipais de outubro. Nesta segunda-feira (6), em entrevista ao site Uol, Barroso relatou, no entanto, que aguardaria até junho para uma resposta definitiva sobre o assunto.
Além do risco para saúde, também existe o temor de que, em meio ao crescimento no número de casos, os testes com as urnas eletrônicas feitos antes do pleito não possam ser realizados, o que inviabilizaria a realização das eleições.
— Eu imaginaria junho como sendo o momento em que teremos que ter uma definição. Não apenas por causa das convenções partidárias e do início da campanha, mas porque a Justiça Eleitoral tem que fazer teste das urnas — afirmou.
Barroso defende que, se houver adiamento das eleições municipais, que elas seja pelo menor período de tempo possível e disse ser totalmente contra realizá-las em 2022, juntamente com as eleições gerais. Ele disse que isso seria uma “fraude” à decisão dos eleitores em 2016 que deram mandatos de apenas quatro anos para os eleitos.
— Sou radicalmente contra é cancelamento das eleições e esta proposta de fazê-las coincidir em 2022. Aí temos um problema grave. O eleitor deu um mandato de 4 anos, portanto, prorrogar isso frauda o comando e a vontade que o eleitor manifestou. Além do quê, eu acho uma péssima ideia coincidir eleições municipais com eleições nacionais. As pautas são diferentes — disse o ministro.