Um bate-papo com pretensos candidatos ao pleito de outubro deste ano em algum momento cai na seguinte indagação: “será que vai ter eleição?”. Em Brasília, já há quem defenda o adiamento, devido à pandemia do novo coronavírus no Brasil, que até a tarde de ontem tinha matado 431 pessoas em todo país, segundo dados do Ministério da Saúde. Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preservou, por ora, o calendário e manteve para ontem o limite da filiação partidária. E o resultado é uma mudança considerável nas forças partidárias da atual legislatura na Câmara de Campos. Normalmente, a comparação das bancadas é feita entre o resultado da última eleição municipal e o saldo posterior ao período da janela. No entanto, a Casa passou por uma legislatura atípica, com muitas alterações devido à operação Chequinho, e a comparação é feita entre o início e o final. Dos 25 vereadores, apenas Pastor Vanderly (Republicanos) não é pré-candidato à reeleição.
A maior bancada da Casa continua sendo a do Cidadania, partido do prefeito Rafael Diniz, com três cadeiras: o presidente Fred Machado e Abu continuaram na legenda. Fabinho Almeida, que assumiu o mandato com a saída de Marcão Gomes (PL) para ser secretário de Desenvolvimento Humano e Social e, posteriormente, deputado federal, foi para o PSB. José Carlos saiu do DC e reforçou a bancada do Cidadania.
As outras duas legendas que tinham três representantes, Patriota e PTC, ficaram sem nenhum. Jorginho Virgílio trocou o Patriota pelo DC, Josiane Morumbi foi para o Pros e Silvinho Martins, MDB. Do PTC, Cabo Alonsimar e Renatinho do Eldorado foram para o Podemos, já Jairinho é Show foi para o PTB.
O PDT do pré-candidato a prefeito Caio Vianna passa a ter dois representantes: Ivan Machado, que deixou o PTB, e Paulo Arantes, que saiu do PSDB.
Já o PSD do pré-candidato Wladimir garotinho fica com um representante, saiu Joilza Rangel, que entrou no DEM, e se filiou o líder da oposição, Álvaro Oliveira.
No DEM, além de Joilza, também está filiado Marcelo Perfil. O partido, assim com o MDB, faz parte do grupo liderado pelo deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD), que pretende lançar um candidato a prefeito neste ano. Na Câmara, o único representante que se filiou ao partido de Rodrigo foi Igor Pereira, que deixou o PSB.
O PSB ficou na base governista, com Fabinho e Enock Amaral. Também fica na base o Avante, com Abdu Neme, que deixou o PL, filiado.
Líder do governo, Genásio trocou o PSC pelo PTB, mesmo destino de Jairinho e de Cláudio Andrade, que deixou o DC.
Partido do pré-candidato a prefeito Gil Vianna, o PSL ganhou representatividade na Câmara com a chegada de Luiz Alberto Neném, que saiu do PTB.
No PSC, que mantém a pré-candidatura a prefeito de Marcelo Mérida, quem chegou foi Eduardo Crespo (que era do PL). Da bancada de oposição, ele é ligado ao grupo de Wladimir. O partido do governador Wilson Witzel também manteve na bancada a vereadora Rosilani do Renê. Outro vereador que continuou no seu partido, apesar de muitas tentativas de mudança, foi Álvaro César, do PRTB. O destino da legenda na majoritária, segundo o vereador, ainda é uma incógnita.
Depois de muitos cálculos, as peças estão na mesa, já distribuídas. Agora é esperar as convenções, previstas para aconteceram entre 20 de julho e 5 de agosto, para ver se o combinado em abril terá validade nas urnas, até agora, mantidas para outubro. (A.N.A.)