Apesar do nome do partido, a bancada do Solidariedade rachou de vez na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O campista Rodrigo Bacellar segue na liderança da legenda, mas não antes sem um embate com o colega Anderson Alexandre e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão.

Um dos nomes fortes do governador Wilson Witzel (PSC), Tristão não se bica com o presidente do Legislativo André Ceciliano (PT), aliado de primeira linha de Bacellar, que o acusa de interferência. O secretário já foi acusado de espionagem de deputados estaduais, com a instalação de escutas em gabinetes na Alerj.

O SD possui quatro deputados estaduais. Além de Rodrigo, também foram eleitos em 2018 Anderson Alexandre, Bagueira e Vandro Família. No entanto, o campista diz que Anderson e Vandro teriam se aproximado de Tristão e tentado tomar a liderança do partido.

— Entrei com pedido de nulidade na mesa diretora porque não há embasamento jurídico. Para liderança, é preciso ter a assinatura da maioria da bancada, o que eles não tinham. Em caso de empate, teria que passar pela executiva estadual. Enquanto isso, a liderança teria de ficar com o deputado mais velho, no caso Bagueira — explicou Rodrigo.

Bagueira é aliado de Bacellar. No entanto, além disso, o deputado Marcos Muller trocou o PHS pelo SD e está no barco de Rodrigo, configurando a maioria necessária para sua manutenção no cargo.