Campos registra primeira morte por Covid-19
11/04/2020 18:18 - Atualizado em 04/05/2020 19:10
Centro de Combate ao Coronavírus
Centro de Combate ao Coronavírus / Genilson Pessanha
Neste sábado (11), Campos registrou a primeira morte por Covid-19. Hudisson Pinto dos Santos, morador do bairro da Penha, de 39 anos, estava internado no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus de Campos, onde deu entrada, na última segunda-feira (6), em estado moderado, evoluindo rapidamente para grave. O município registra 15 casos da doença, contando com o paciente que veio a óbito, e investiga outros 21. Todos os pacientes confirmados têm idade entre 26 e 65 anos.
Hudisson era caminhoneiro, pai de dois filhos, e esteve em Fortaleza (Ceará) e na Capital paulista, duas áreas de grande circulação do vírus. A família dele está sendo monitorada pela Vigilância em Saúde e segue em isolamento domiciliar.
O novo caso registrado no município neste sábado é de uma profissional de saúde que trabalha em Rio das Ostras, mas mora em Campos. 
Tratamento - A Prefeitura de Campos implantou o Centro de Controle e Combate ao Coronavírus para atendimento a pacientes com a doença. A unidade recebe encaminhamento da Central de Informações do Covid, através do 192. Desde a abertura, há cerca de 15 dias, o Centro já realizou mais de 100 atendimentos. No local, há dois internados no CTI com suspeita de COVID-19 - um morador de Campos e outro de São Fidélis - que aguardam autorização do Ministério da Saúde para ser liberado o teste rápido como positivo.
Cremerj identifica problemas em unidades
Os equipamentos de proteção individual (EPIs) para Covid-19, disponíveis aos profissionais da rede de Saúde Pública de Campos, foram alvo, ontem, de fiscalização pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O relatório final apontou problemas no CCC, Hospital Ferreira Machado (HFM), HGG, nas UPH’s São José e de Travessão e no Posto de Urgência (PU) de Guarus. Este documento foi enviado à sede do Cremerj no Rio, à promotora Maristela Naurath, da 3ª Promotoria de Tutela Coletiva de Campos, e à secretaria municipal de Saúde.
Segundo o relatório, há utilização de máscara cirúrgica e avental de gramatura incorretos no CCC. O problema das máscaras cirúrgicas se repete em todas as demais unidades de saúde já citadas. Na UPH São José, há ainda ausência de avental da triagem e três ventiladores em uso. Na de Travessão, foi apontada falta de médicos, de treinamento, fluxograma e preparo da unidade. As três últimas ausências também foram percebidas no PU de Guarus.
Secretária de Saúde de Campos, Cíntia Ferrini admite que a falta de EPIs é um problema não só local, mas do mundo. Em relação aos aventais de proteção, ela argumentou que as mudanças nos critérios pelo ministério da Saúde têm sido constantes, por isso difíceis de acompanhar e suprir de maneira adequada. Sobre a falta de máscaras cirúrgicas, garantiu que estão em processo de compra. E admitiu que as máscaras de dupla face, cuja distribuição foi denunciada nas redes sociais por profissionais da Saúde Pública, não são para uso médico. Ela alegou que a demanda vem sendo atendida pelas máscaras nº 95, mais caras, mas ainda em estoque. A secretária admitiu, entretanto, que o problema das EPIs tende a se agravar com o aumento da doença.

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