A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) cancelou a Liga Saudita de Vôlei faltando quatro rodadas para o final. Mas, as consequências da nova doença foram além do esporte. E afetaram em cheio o ponteiro brasileiro Leonardo Felipe Amâncio, do Thahlan Sports Club, da segunda divisão da liga saudita. O atleta está isolado em um hotel na cidade de Al Dawadimi, a cerca de 300 quilômetros (km) da capital Riad (Arábia Saudita).
— O campeonato parou no dia 14 de março. E entramos em quarentena. Tudo aconteceu muito rápido. Os aeroportos locais estão fechados. E, agora, praticamente todo o país está em lockdown. Ninguém pode sair na rua. Está muito complicado. Se alguém é pego andando na rua sem justificativa, a multa pode chegar a um valor equivalente a R$ 12 mil — revelou o atleta.
Antes mesmo da chegada da pandemia, Leonardo Amâncio já tinha o retorno previsto para o dia 10 de abril. Mas, o fechamento dos aeroportos sauditas inviabilizou a viagem. “O clube está pagando a hospedagem e a alimentação. E querem também adiar a minha passagem até que os aeroportos reabram. Talvez isso ocorra só em junho. Não tem praticamente nenhum estrangeiro aqui. Os europeus já foram repatriados. Está difícil. Preciso voltar para casa”, lamentou o atleta.
Leonardo fez um apelo à embaixada e ao Itamaraty. “O consulado entrou em contato comigo. Estou aguardando a resposta deles há mais de duas semanas. Não recebi nenhum orçamento, nenhuma novidade. Estou sem previsão de retorno ao Brasil”, desabafou.