A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), em Campos, espera para a safra deste ano um aumento de 30% na moagem da cana-de-açúcar, com a possibilidade de atingir até 40%, se as condições climáticas continuarem favoráveis. A afirmação é do presidente da cooperativa, Frederico Paes.
A moagem na indústria, instalada na localidade de Sapucaia, começa no mês de junho, e este ano a maior parte da produção será de açúcar, diferente do ano passado, em que a produção foi voltada para o etanol.
— Teremos uma safra maior porque a oferta de cana será maior e o clima também favoreceu ao cultivo. Se a chuva permanecer equilibrada, podemos chegar a 40%. No Norte Fluminense, choveu bem, inclusive tivemos irrigação natural. A chuva foi no momento certo, na hora certa e no volume certo — disse Frederico.
A escassez do açúcar no mercado mundial e a alta no preço são os principais fatores para a produção açucareira. “Esperamos que o preço melhore ainda mais, fazendo com que não haja perda para o cooperado”, disse o presidente da Coagro, acrescentando ainda que o etanol está com preço abaixo do custo de produção.
— O combustível tem o preço atrelado ao da gasolina. Com a queda petróleo no mercado mundial, o valor está abaixo do custo de produção — completou Frederico.
A cooperativa espera que a safra seja ampliada em mais um mês. “A expectativa é de criação de novos postos de trabalho com início da moagem, principalmente na lavoura. No momento que o país está passando por uma crise, vamos estar gerando emprego, gerando renda”, explicou o presidente da Coagro indicando que a pandemia do coronavírus não afetou o trabalho de preparo na indústria.
— A indústria de produção do açúcar e do etanol foi considerada serviço essencial por um decreto federal. Então, demos férias aos trabalhadores com mais de 60 anos e àqueles que têm algum problema de saúde. Dobramos o número de coletivos que transportam os trabalhadores, e a higienização é feita com regularidade — finalizou. (A.N.)