Paula Vigneron
10/04/2020 19:42 - Atualizado em 04/05/2020 21:58
Dando prosseguimento às entrevistas virtuais produzidas pelo Centro Cultural Marcelo Sampaio, o jornalista Matheus Berriel, da Folha da Manhã, abrirá a segunda semana de bate-papo sobre arte, cultura e produções em Campos. Repórter e editor que transita por diversos assuntos do jornalismo, Matheus contará aos internautas suas experiências com a comunicação e comentará, ainda, sobre o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que teve como tema os Meninos do Morrinho e a importância do Carnaval no município. O encontro acontecerá na segunda-feira (13), excepcionalmente, às 21h15, e o link será disponibilizada no Facebook. Participantes podem enviar perguntas e comentários.
Formado em 2018, o jornalista Matheus Berriel, de 23 anos, atual editor de Cultura da Folha da Manhã, explicou que o bate-papo surgiu a partir do conhecimento de Marcelo Sampaio acerca do seu trabalho de pesquisa para a conclusão da graduação e, também, de sua atuação na área de comunicação social.
— O meu TCC, da faculdade de Jornalismo, foi sobre os Meninos do Morrinho e a importância desse bairro para Campos, na cultura popular, e a tradição do Carnaval. Ali, você tem a escola de samba Mocidade Louca, o bloco Os Psicodélicos. No passado, várias outras agremiações que existiram naquele bairro foram importantes para o Carnaval de Campos e acabam sendo esquecidas. O “meninos do Morrinho” foi um grupo que apareceu no início de 2018, de crianças de oito a doze anos, batendo lata e tocando samba da Beija-Flor, antes do Carnaval. Um vídeo, publicado no Facebook, viralizou e chegou ao Neguinho da Beija-Flor, e, dele, aos dirigentes da escola. Esses meninos foram convidados a ir ao Rio. Tocaram na Beija-Flor e, também, no programa Encontro, da Fátima Bernardes, na Rede Globo. Posteriormente, eles foram presenteados com instrumentos da Beija-Flor — detalhou o jornalista.
Diante do surgimento do grupo, Matheus e o também jornalista Jadir de Oliveira iniciaram a pesquisa sobre a tradição do Carnaval no Morrinho. Junto ao trabalho escrito, eles produziram um documentário sobre o assunto, que foi apresentado em uma sessão do Cineclube Goitacá e na edição, do ano passado, do Festival Doces Palavras (FDP!). Além do tema, ele abordará questões relacionadas ao jornalismo.
— Para a gente, que vinha sofrendo vários ataques do próprio presidente e de outras pessoas, o enfraquecimento do jornalismo estrutural, principalmente impresso, nesse período de pandemia, acaba sendo uma reviravolta. O jornalismo virou serviço essencial. Em época de fake news, principalmente o impresso tem vindo como fonte de credibilidade. É complexo porque, apesar de essa quarentena ser um período difícil para todo mundo, o jornalismo é um respiro. Eu vejo como um respiro porque mostra a importância da profissão em qualquer democracia e sociedade com pessoas sensatas — pontuou, convidando os campistas para acompanharem o programa: “Quem quiser participar pode mandar perguntas. A entrevista vai ser pelo perfil do Marcelo Sampaio no Facebook”.