A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) repassará R$ 100 milhões à Secretaria Estadual de Saúde para auxiliar no enfrentamento do coronavírus nos 92 municípios fluminenses. O anúncio foi feito pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), nesta quarta-feira (18) durante sessão no plenário em que os parlamentares votaram várias propostas relacionadas ao combate, no estado, contra essa pandemia.De acordo com Ceciliano, os recursos serão repassados em 48 horas à Secretaria de Saúde que irá destinar cerca de R$ 1 milhão a cada um dos municípios do estado.
O objetivo é ajudar na ampliação das equipes do programa médico de família, treinamento de equipes de saúde na Fiocruz e para criar unidades de referência e de triagem para evitar lotação em hospitais e postos de saúde nas cidades do estado.“Os municípios não têm estrutura de saúde e por isso a Alerj decidiu apoiar o Estado e as cidades neste momento em que vivemos uma pandemia da doença. São recursos do orçamento próprio da Casa que ajudarão os municípios a estruturarem, principalmente, centros de triagem para atendimento das pessoas com sintomas da doença”, disse o presidente da Assembleia, que aprovou a medida na última terça-feira (17) em reunião da Mesa Diretora.
Desde a semana passada, a Alerj vem adotando medidas de prevenção ao coronavírus, entre elas a suspensão das audiências públicas, reuniões de comissões e visitas guiadas ao Palácio Tiradentes, além do acesso restrito aos deputados, servidores e imprensa. Nesta quarta-feira, muitos deputados que não puderam comparecer à sessão plenária votaram remotamente pelo grupo de WhatsApp dos parlamentares.A partir da semana que vem, só haverá sessão uma vez por semana, nas quartas-feiras.
Os funcionários maiores de 60 anos, bem como os que têm problemas cardíacos, respiratórios e doenças crônicas seguem afastados para evitar aglomeração e circulação em transporte público. Os departamentos foram autorizados a estabelecer rodízio e também escala de servidores em trabalho remoto.
“Essa pandemia vai ter um impacto muito grande na saúde e depois na economia, na vida das pessoas, principalmente as mais pobres. Por isso, temos que manter o Parlamento funcionando, mesmo que de forma reduzida. O Legislativo é o lugar no qual as demandas são ouvidas e onde construímos soluções”, afirmou Ceciliano.