O ano da atual legislatura foi aberto oficialmente no dia 15 de fevereiro, só que foi a única reunião dos vereadores entre o recesso parlamentar e o Carnaval. Nesta terça-feira o ano começa, de fato, para os trabalhos da Casa. A promessa é de que a temperatura continue quente, como foi na reunião do mês passado na qual o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) enviou convite a todos os vereadores para tratar sobre a realidade financeira do município. Além disso, por ser ano eleitoral, a configuração das forças partidárias vai mudar: a janela abre nesta quinta-feira e as mudanças vão continuar até o dia 3 de abril.
Os embates entre situação, oposição e o antigo G8 — grupo dissidente da base governista que após impor derrotas ao governo, rachou no início de 2020 — funcionem como termômetros do possível confronto nas urnas em outubro entre os pré-candidatos a prefeito Rafael, Wladimir Garotinho (PSD) e Caio Vianna (PDT).
Uma incógnita com relação ao G8 é se seu número vai mudar. Na matéria da Folha da edição de domingo, sobre a abertura da janela partidária, quatro nomes do antigo grupo declararam apoio a Caio, três informaram que caminharão com Rafael e um ainda está dialogando. A oposição também vai marcar espaço, já que todos os integrantes do grupo já declararam apoio à pré-candidatura de Wladimir.
Antes da primeira sessão do ano, o presidente da Casa, Fred Machado (Cidadania), defendeu um clima harmônico: “Tranquilo, com certeza. Pautamos nosso trabalho sempre no respeito e de forma imparcial. Como presidente da Câmara, procuro sempre ouvir os colegas edis, ponderando, buscando a conciliação, estejam eles em grupos ou sozinhos. Assim, procedemos na votação da Lei Orçamentária de 2020. Respeito a decisão de todos os vereadores e ressalto que o objetivo comum é atender os anseios da população e encontrar soluções, prezando pelo seu bem estar e primando pela democracia”.
Só que as discussões da primeira sessão após o recesso, neste ano eleitoral, mostraram que tranquilidade não reinará na Câmara, sobretudo quando 24 dos 25 nomes que compõem a Casa já se declararam pré-candidatos à reeleição e devem aproveitar as sessões para expor opiniões pensando também nas urnas. (A.N.A.)