TJ determina volta dos médicos um dia após categoria suspender greve
17/03/2020 18:48 - Atualizado em 24/03/2020 10:09
O Tribunal de Justiça do Rio praticamente estabeleceu que o edital será publicado na primeira quinzena de fevereiro
O Tribunal de Justiça do Rio praticamente estabeleceu que o edital será publicado na primeira quinzena de fevereiro / Divulgação
O Tribunal de Justiça (TJ) acatou nesta terça-feira (17), o pedido da Prefeitura de Campos e determinou que os médicos da rede municipal retornem ao trabalho em 24 horas. A decisão é do presidente do TJ, desembargador Claudio de Mello Tavares e estabelece multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento e ocorre um dia depois da categoria decidir, em assembleia realizada na noite dessa segunda (16), suspender o movimento por tempo indeterminado, até que a situação da pandemia do Covid 19 se estabelecer. De acordo com a decisão do presidente do TJ, o município não pode ficar privado, neste momento de pandemia mundial do coronavírus, dos profissionais de saúde. 
No último sábado (14), a Prefeitura de Campos ingressou junto ao Tribunal de Justiça, com ação denominada Dissidio de Greve, onde pedia o retorno dos profissionais, o que foi referendado nesta terça-feira (17).
Nessa segunda, após realização de assembleia que suspendeu temporariamente a greve, que pede o cumprimento, por parte da prefeitura, do acordo que pôs fim ao movimento em agosto do ano passado. O presidente do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), José Roberto Crespo, informou que o retorno ocorre, mas as tentativas de diálogo vão seguir através da entidade e que caberá agora ao município, dar suporte aos trabalhos dos médicos e profissionais da saúde, além de garantir a salubridade nos ambientes.
— Vamos voltar ao trabalho temporariamente, enquanto estiver em pandemia, temos que cumprir nosso papel ético de atender a população, que é o maior compromisso do médico e também temos que frisar que há uma carência na estrutura de proteção aos profissionais, quanto aos materiais de EPI, além das queixas que a gente fez das unidades. O compromisso agora é da secretaria de Saúde, em dar proteção a todos os profissionais que vão trabalhar. São os médicos, os técnicos de enfermagem, enfermeiros, entre outros, que vão estar no front dessa luta. Então, tem que existir também o compromisso do município em proteger os seus profissionais e a população como um todo — disse José Roberto.

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