A iniciativa A Grande Sacada do Vôlei de Praia foi criada em 2017 no campus Centro do Instituto Federal Fluminense (IFF), em Campos, como projeto de extensão.Atualmente, em parceria com a Fundação Municipal de Esportes e o Sicoob Fluminense, atende em seis núcleos situados do município.Além do que aprendem nas quadras de areia, as crianças, os adolescentes e jovens têm aulas para formação de cidadania em três planos: noções básicas de educação ambiental/sustentabilidade, educação financeira e cooperativismo.A iniciativa fechou o ano de 2019 registrando mais de 300 atendimentos.
Pela dinâmica do projeto, os participantes podem entrar ainda na fase da educação básica e prosseguir até a graduação. Coordenador voluntário, o professor de educação física Edson Marcos Barreto Filho, destaca que, na origem, o projeto visava conciliar vôlei e o ingresso como aluno do IFF, o que vem apresentando resultados.
Um exemplo éo estudante Thomas Duarte Lenoir, de 23 anos,integrante da primeira turma do projeto. Ele cursa o10º período do curso de bacharelado em Engenharia de Controle e Automação, oferecido no campus Campos Centro.
— O esporte, eu continuo praticando até hoje. Além disso, consegui uma bolsa para a faculdade de Engenharia Mecânica no IseCensa (Institutos Superiores de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora) devido ao esporte. Na primeira graduação, o esporte ajudou bastante devido à ajuda de custo, porque a Bolsa Atleta (oferecida no IFF) ajudou bastante no início da faculdade — afirmou Thomas.
Aluno do primeiro ano do curso técnico integrado de Edificações, Thiago Bernardo Vieira, de 17 anos, comentou sobre um ponto essencial cobrado dos participantes: o bom desempenho nos estudos: “Se a gente não tem nota boa, não pode treinar. Então, com certeza a gente tem de estuda”. Outra questão é próprio o desenvolvimento esportivo. “Eu não tinha base nenhuma de voleibol e, com o A Grande Sacada, consegui jogar até o Estadual representando o projeto”, observou.
Ariana Moraes Santos é mãe de Erian Moraes, de 17 anos, estudante do ensino médio no Liceu de Humanidade de Campos. Para ela, o projeto “é um divisor de águas” na vida do filho: “Através do projeto ele mudou de postura, de atitude, evoluiu muito. Ele era muito introspectivo. Mudou também a questão comportamental, ele se comunica mais. É um pouco mais dedicado aos estudos, concentração, tudo. A evolução foi muito benéfica”.