Já em quarentena, lojas no Centro dão férias coletivas
20/03/2020 21:49 - Atualizado em 24/03/2020 19:19
Antes do decreto do prefeito Rafael Diniz que estabeleceu, entre outras medidas, o fechamento do comércio, pelo menos 10 lojas do Centro de Campos e de outros pontos da área comercial da cidade fecharam as portas nesta sexta-feira e anunciaram que irão cumprir um período de quarentena em razão do coronavírus. Outras anunciaram que irão logo conceder férias coletivas aos seus empregados. Os proprietários dos estabelecimentos deixaram comunicados aos clientes afixados nas portas.
Uma das lojas comunicou aos consumidores os meios por onde as vendas serão efetuadas. “Estaremos com as portas fechas nos próximos dias para colaborarmos com a não proliferação da covid-19. Durante este período nossas vendas acontecerão online. Mais informações em nossas redes sociais”. As lojas que fecharam suas portas ficam nas ruas João Pessoa, Lacerda Sobrinho e Barão do Amazonas.
Numa loja de produtos de beleza, na Rua Alvarenga Filho, na região da Pelinca, os funcionários comunicaram aos clientes que a partir deste sábado a loja também vai fechar as portas temporariamente. As vendas serão também feitas através de sistema online.
Em algumas lojas, os funcionários eram orientados e fazer o atendimento a cada dois clientes, enquanto outros aguardavam na calçada a vez de ser atendido, a fim de evitar aglomeração no interior do estabelecimento.
Enquanto isso, filas gigantescas se formavam nas agências bancárias e lotéricas, que mantiveram o atendimento. O presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafanele Pereira, informou que a entidade de classe entrou com um ofício pedindo a interdição das agências bancárias.
CDL orienta - A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL) orientou seus associados para que “fiquem de olho na mudança comportamental do consumidor”. A entidade frisa que “o avanço do Coronavírus (Covid-19) no país começa a provocar mudanças nos hábitos de consumo do brasileiro. O fato de os consumidores estarem evitando os espaços físicos representa uma tendência de que neste momento eles se voltem ainda mais para o e-commerce e aumentem a procura por serviços como delivery".
Entre outras recomendações, a CDL também alertou sobre o cuidado com o aumento abusivo de preços. “A procura por máscaras, luvas, álcool gel e suprimentos alimentícios tem aumentado nos próximos dias. Tome cuidado com o aumento abusivo desses itens, pois a elevação injustificada do preço dos produtos configura prática abusiva e crime contra o consumidor e a economia popular. Mesmo num momento delicado no cenário mundial, não há justificativa para um aumento arbitrário de lucros e prejuízo ao consumidor. Além disso, lembre-se que a prática poderá deixar uma imagem negativa sobre a sua empresa quando a situação de crise passar”.

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