O ano de 2020 começa com expectativas positivas quanto ao andamento das reivindicações de necessidades regionais do Estado do Rio de Janeiro. Resultado de um levantamento da Federação das Indústrias do Estado (Firjan) junto aos empresários da Região Metropolitana e Interior, o conjunto de demandas foi levado ao Congresso Nacional por uma delegação de representantes de cada região a Brasília ainda contou com reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Portos e respectivos entornos também foram itens listados como prioridades. Para o Norte Fluminense, a construção da Ferrovia Rio-Vitória (EF-118) foi um dos destaques das medidas defendidas pela regional, além do término das obras de duplicação da BR 101.
A iniciativa visa impulsionar os caminhos que levam à retomada do desenvolvimento socioeconômico, a partir da circulação livre de mercadorias, onde as cargas vêm e vão sem riscos, tudo interligado por uma logística alinhada a eficientes políticas de segurança pública. São alguns dos frutos que a Firjan busca colher em breve, após reunir os principais pleitos das regiões fluminenses.
A linha férrea é considerada essencial para elevar a competitividade do Complexo do Açu, maior porto privado do país, com ampla área para instalação de empresas de diversos setores. A Firjan reivindica que a construção tenha início pelo lado fluminense em função do potencial de carga superior ao trecho do Espírito Santo.
Portos e respectivos entornos também foram listados como prioridades. Para o Norte Fluminense, a construção da Ferrovia Rio-Vitória foi um dos destaques das medidas defendidas pela regional. “Precisamos de empenho político para resolver essas questões, que são cruciais para o nosso desenvolvimento”, comenta Francisco Roberto Siqueira, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil da região, que esteve em Brasília como representante da Firjan Norte Fluminense.
Os pleitos relativos a rodovias foram a temática mais freqüente na listagem. O término da duplicação da BR 101, um dos principais pleitos do norte Fluminense, foi interrompida em alguns trechos devido a contrapartidas ambientais de difícil cumprimento e que oneram sobremaneira a obra. Mas terá o reinício das obras no segundo semestre deste ano.
O Noroeste pede a duplicação da BR-356 e o Contorno de Itaperuna, intervenções alinhadas às novas demandas de movimentação de cargas impulsionadas pelo Porto do Açu e à melhoria da mobilidade também para a população.
A Firjan ressalta que, como o Estado precisa cumprir as medidas do Regime de Recuperação Fiscal, a previsão é que o total de investimentos do governo fluminense alcance R$ 18,5 bilhões numa projeção até 2026, volume bem abaixo do necessário. Logo, é fundamental o investimento direto do governo federal no Rio. O estudo calcula serem necessários R$ 22 bilhões de aporte da União no estado. (A.N.)